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Revoltante! Bancos se recusam a negociar sobre segurança bancária

29/07/2022

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se recusou a negociar sobre segurança bancária, durante mesa específica sobre o tema, realizada na quinta-feira (28) com o movimento sindical.

Os bancos tentaram justificar a retirada de portas giratórias e vigilantes das agências, afirmando que houve redução de 98,5% no número de assaltos a agências e postos bancários de 2000 a 2021. Absurdamente, também propuseram que o movimento sindical se junte às instituições e atuem contra as normas estaduais e municipais de segurança, que exigem aparatos de segurança além dos previstos na Lei 7.102/1983, que regulamenta a segurança bancária.

Outra justificativa dada pela Fenaban a respeito da falta de segurança nas unidades é que em 2021, apenas 3% das transações bancárias foram realizadas em agências bancárias. Contudo, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ainda que em números relativos as transações via agências tenham perdido espaço, 48% delas são com movimentação financeira, ou seja os sistemas de segurança e vigilantes são indispensáveis em todas as unidades.

Além disso, os representantes dos trabalhadores destacaram que muitos clientes deixaram de frequentar as agências porque não existem funcionários suficientes para atendê-los, ou porque quando vão, são direcionados para o autoatendimento e para o internet banking. Em compensação, os clientes de grande poder aquisitivo são recebidos com “tapete vermelho”.

Violência contra os trabalhadores

O movimento sindical destacou que, além dos assaltos, existem muitos casos de violência contra os bancários no dia a dia do trabalho nas agências. Exaltados pela demora no atendimento e por terem que enfrentar longas filas, clientes e usuários dos bancos acabam agredindo verbalmente e até mesmo fisicamente os trabalhadores.

Na ocasião, foi proposto pelos representantes dos trabalhadores a criação de um Grupo de Trabalho (GT) específico para discutir a questão e elaborar uma nova redação para as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria que tratam sobre segurança bancária. No entanto, a Fenaban recusou a proposta e disse que está aberta a debater o tema até o final de agosto, caso contrário, assumirá a responsabilidade por seguir a pauta de acordo com seus interesses.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região a recusa dos bancos em negociar sobre segurança comprova que as instituições não tem nenhum interesse em proteger a vida e a integridade dos trabalhadores e clientes. Infelizmente, enquanto os bancos insistirem no retrocesso de retirar as portas giratórias e os vigilantes das unidades, novos casos de violência serão registrados nas agências de todo o país. Nesta semana, a entidade denunciou um caso que ocorreu em uma agência do Bradesco, em Bauru, onde uma bancária foi ameaçada por um cliente fora de si (veja aqui).

(Na foto, Paulo Tonon e Pedro Valesi, diretores do Sindicato, em frente a porta giratória do Banco do Brasil da Rui Barbosa, em Bauru, que foi reinstalada após a entidade e os trabalhadores cobrarem do banco a volta do equipamento. Em abril de 2021, um bancário da unidade foi agredido por um cliente que aproveitou a ausência da porta e entrou com uma barra de ferro no local.)

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