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Paulo Guedes ataca setor estratégico para economia e Senado aprova privatização da Eletrobras

22/06/2021

O Senado aprovou, na última quinta-feira (17), a Medida Provisória n° 1.031/2021, que regulamenta a privatização da Eletrobras. O projeto de venda do ministro Paulo Guedes ignora o fato de a Eletrobras ser a maior empresa de energia elétrica da América Latina, sendo composta por 48 usinas hidrelétricas, 12 termelétricas a gás natural, óleo e carvão, duas termonucleares, 62 usinas eólicas e uma usina solar.

Nos últimos três anos, a estatal teve superávit de mais de R$ 30 bilhões, o que refuta a justificativa de Guedes e sua equipe que a empresa estaria dando prejuízo para os cofres da União.
Outra mentira frequentemente contada pelos ultraliberais é que a iniciativa privada teria mais condições de gerar energia com baixo custo. A própria Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) não acredita na balela e alerta que, se a conta de energia subir, toda a cadeia produtiva também terá de reajustar seus preços e o consumidor vai ter que pagar mais esse pato.
Em 2017, quando o governo Temer preparava o terreno para esta privatização, até os técnicos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já alertavam que a expectativa era de aumento de 17% na conta de luz residencial a partir da venda da estatal.
Especialistas também apontam que a privatização pode aumentar o risco de apagões, assim como já aconteceu no Amapá em 2020, que sofreu com a precarização da estrutura após a privatização da companhia elétrica daquele estado.
Outros problemas ainda podem afetar a autonomia e a segurança energética do Brasil após a privatização, já que as usinas hidrelétricas estão em rios e patrimônios naturais, que em tese, também estariam sendo entregues para serem explorados pela iniciativa privada, assim como toda a pesquisa desenvolvida pela estatal em relação a outras fontes de energia renováveis, como a solar e a energia eólica, que se perderiam no processo de privatização.
Tudo isso, sem contar o momento em que o país se encontra, em que já existe risco de racionamento e a população, para se prevenir do novo coronavírus, precisa ficar em casa e, consequentemente, gasta mais com a conta de luz, muitos até ajudando a diminuir os custos de funcionamento de grandes empresas, enquanto fazem home office.
Para os brasileiros, ainda existe uma esperança: a MP caduca nesta terça-feira (22) e precisa ser aprovada na Câmara até essa data para não perder a validade, o que fará com que o governo e sua base aliada tenham de correr para aprovar as alterações propostas. Entretanto, se for aprovada, segue para sanção presidencial.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, setores estratégicos e lucrativos como o de energia elétrica não deveriam jamais ser privatizados. Pior, estudos indicam que o preço inicial pedido para sua venda é pequeno frente à lucratividade atual da empresa, ou seja, mais um crime contra o país que Bolsonaro estará cometendo.

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