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Sindicato dos Bancários e Financiários
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VOTE NÃO! POR QUE O SINDICATO É CONTRA O ACORDO ADITIVO DO BB

02/07/2020

Bancos: Banco do Brasil

Sem qualquer ampla discussão com os bancários e a toque de caixa, a Contraf/CUT e seus sindicatos marcaram para ontem e hoje, dias 1 e 2, assembleias online em todo o País para que os funcionários do Banco do Brasil votem “sim” a uma proposta de acordo aditivo à convenção coletiva referente aos impactos do Covid-19 no cotidiano dos bancários.

A proposta defendida pelos cutistas, em conjunto com a direção do banco, pouco traz de proteção aos direitos dos bancários durante a pandemia e, principalmente, abre mão de tentar organizar os trabalhadores a resistir à proposta do banco.

O grande chamariz para os bancários aceitarem o acordo é a promessa do BB de não efetuar descomissionamentos durante a pandemia. O que a Contraf/CUT não diz é que não consta nada sobre isso no acordo aditivo, sendo um “compromisso não clausulado”, como disse a própria diretoria do banco aos sindicatos ligados à FNOB (Frente Nacional de Oposição Bancária), como o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região.

A pergunta que fica é: se o BB não cumpre nem o escrito nos acordos coletivos (descomissionamentos que continuam acontecendo mesmo sem três ciclos avaliatórios ruins, ou a insistência em cobrar metas através de celulares particulares dos empregados, por exemplo), vai cumprir um simples acordo verbal?

O acordo aditivo ignora qualquer custo adicional que o funcionário tem em home office, não dá qualquer amparo para ajudar o bancário a adaptar ergonomicamente seu novo local de trabalho, não cita nada sobre acidentes de trabalho que possam ocorrer e finge desconhecer a dificuldade das mães em home office, não propondo sequer uma jornada de trabalho diferenciada.

Desde março, quando se iniciou a pandemia, o banco teve totais condições de ampliar o acesso à VPN para todos os funcionários e também de elaborar novas atividades para os bancários de grupo de risco que precisam ficar em casa. Todos os bancários estão aptos para realizar o trabalho remoto, e se não o fazem é por despreparo do BB.

Assim sendo, é justo ficarmos até dezembro de 2021 realizando horas extras gratuitas para o banco? Ou, pior: o acordo prevê que após dezembro de 2021 essas horas negativas não repostas sejam descontadas do bancário. Um acordo justo deveria anistiar a totalidade das horas negativas (o acordo prevê pagamento de 90% dessas horas).

O acordo prevê ainda que sejam garantidos 15 dias de férias não possíveis de serem adiantados pelo BB sem acordo do trabalhador, isso valendo a partir da assinatura do acordo, o que nos faz questionar se quem já adiantou as duas férias terá o direito à devolução destes dias. Além de abono pontuais dos dias 7, 8, 9, 28 e 29 de abril.

Por fim, o acordo não discute protocolos para casos de suspeita e de confirmação de Covid-19 dentro do BB (tornou-se comum o banco resistir a afastar os colegas de trabalho que tiveram contato com o bancário contaminado, e realizar a higienização da agência somente após pressão dos sindicatos).

Com tudo que apontamos acima não sendo explicitado aos bancários, fica óbvio que mais uma vez a Contraf/CUT escolhe dar as mãos à direção do BB e ignorar qualquer anseio dos já fragilizados bancários, que seguem se expondo todos os dias nas agências, ou em home office, assustados com como será sua volta ao trabalho.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e a FNOB orientam voto “NÃO” ao aditivo do BB e ressalta que estamos às vésperas de uma campanha salarial. A hora de mobilizar a categoria é JÁ!

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