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Sindicato dos Bancários e Financiários
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Proposta de reajuste de 5,82% é ofensiva!

23/08/2022

Depois de 12 rodadas de negociações, os bancos ofereceram proposta de reajuste de apenas 5,82%, durante mesa com a Contraf-CUT, na sexta-feira, dia 19. Vale lembrar que as últimas projeções do Banco Central apontam uma inflação de 8,95% para o período. Ou seja, a proposta é uma verdadeira piada, ainda mais depois dos bancos terem apresentado tal proposta após obterem aumento de 14,4% no lucro semestral e tido uma rentabilidade de 18% em 12 meses.

Nos seis primeiros meses de 2022, os cinco maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) arrecadaram R$ 74,2 bilhões com tarifas cobradas dos seus clientes, alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2021. Em julho, cerca de 32% das categorias, de setores menos lucrativos, obtiveram aumento acima da inflação.

Durante toda esta semana, serão realizadas novas reuniões de negociação, presencialmente, em São Paulo.

PLR

A Fenaban também tinha feito uma proposta para que alguns bancos pudessem reduzir o valor máximo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a ser distribuída aos empregados. Contudo, o movimento sindical recusou o retrocesso, fazendo com que os bancos retirassem a proposta.

Vales
Na negociação realizada na segunda-feira, dia 23, os banqueiros continuaram humilhando os bancários, ao oferecer reajuste de 6,66% nos vales (VA e VR). Somente 39% da inflação de alimentos que está em 16,73%.

Outros temas

Embora já tenha ocorrido rodadas de negociações sobre Saúde, Assédio e Segurança Bancária, nada de concreto foi apresentado até agora. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, desde que a reforma trabalhista do governo Temer instituiu a ultratividade dos acordos coletivos (não renovação automática desses até o fechamento de um novo acordo), os banqueiros “deitam e rolam”. Afinal, eles sabem que no dia 31 de agosto, caso um novo acordo não esteja assinado, os direitos garantidos no acordo vigente, desaparecem.

Esse oportunismo dos banqueiros tem total aval da Contraf-CUT, que segue dando prioridades à interesses partidários e pessoais, ao invés da proteção da categoria bancária.

Se dependesse apenas dos sindicatos ligados à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), os trabalhadores já estariam em greve, visto que as pautas de reivindicações foram entregues no meio de junho. Tempo mais do que o suficiente para dar respostas concretas às reivindicações.

(Foto: No dia 3 de agosto, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou um protesto simulando a luta da Fenaban contra os bancários, em um ringue improvisado montado em frente ao Banco do Brasil da movimentada Avenida Duque de Caxias, em Bauru. Desde então, nada mudou: os banqueiros continuam golpeando os bancários)

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