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Número de ações judiciais que envolvem síndrome de burnout aumentou em 72% durante a pandemia

18/01/2023

Ilustração: Freepik

O número de ações judiciais que envolvem trabalhadores com síndrome de burnout – transtorno do esgotamento profissional – aumentou em 72% durante a pandemia de Covid-19.

Segundo o levantamento realizado pelo escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe, feito por meio da plataforma Data Lawyer, entre 2020 e 2022, tramitaram pouco mais de 4 mil processos trabalhistas sobre o tema. Quase o dobro do registrado entre 2017 e 2019, quando havia 2,3 mil ações. O Estado que concentra a maior parte dos casos é São Paulo, onde 1.925 processos estão em andamento.

Na maioria dos casos, os trabalhadores que sofrem do transtorno reivindicam à Justiça a indenização pelos danos causados, reintegração ao emprego ou realocação de função. Há precedentes favoráveis aos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Bancários

Em uma reportagem sobre o tema, o jornal Valor Econômico relatou o caso de uma bancária mineira de 38 anos, que atuava como gerente de pessoas jurídicas e após passar por jornadas exaustivas, cobranças de metas inalcançáveis e assédio moral de superiores, começou a sentir os primeiros sintomas da síndrome: irritação frequente, insônia e suor excessivo. “Até que não consegui mais entrar no meu local de trabalho”, contou.

Apesar de ficar afastada por nove meses e passar por tratamento psiquiátrico, quando retornou à agência, ela foi alocada na mesma função de gerente, com a tarefa de criar uma nova carteira de clientes. “Fiquei pior. Tive crises de pânico e de ansiedade, e não conseguia atender. Mesmo tendo demonstrado interesse, não me mudaram de função e de cargo. Como iria me curar no local em que adoeci?”, lamentou a bancária que já obteve vitória em primeira e segunda instâncias.

Segundo um levantamento realizado em 2021 pela Women in the Workplace – maior estudo sobre mulheres no ambiente coorporativo – as mulheres foram as mais atingidas pela síndrome de burnout durante a pandemia de coronavírus. A pesquisa mostra que 42% das mulheres sofrem com sintomas do distúrbio emocional, 10% a mais que 2020.

Procure nossa ajuda!

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, infelizmente, enquanto os bancos continuarem a insistir no “modus operandi” de cobrança de metas inalcançáveis, pressão, desvio de funções e outras questões que influenciam para o surgimento do estresse no ambiente de trabalho, mais bancários adoecerão.

Há anos a entidade acolhe diversos trabalhadores com burnout, oferecendo apoio jurídico e psicológico. Interessados em receber auxílio jurídico devem entrar em contato através do telefone: (14) 99868-4631. Já aqueles que queiram agendar atendimento psicológico – oferecido gratuitamente para os bancários sindicalizados – podem enviar uma mensagem para: (14) 99868-5897.

Relato de bancário do BB

Em 2014, o Sindicato divulgou um vídeo em seu canal no Youtube com o depoimento de um bancário do Banco do Brasil que teve síndrome de burnout. Assista aqui.

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