A nova presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, pode investigar o caso da cessão de carteira ao BGT Pactual, fundado por Paulo Gudes, ex-ministro da Economia.
Segundo reportagem do portal Brasil 247, funcionários do banco e integrantes do movimento sindical afirmam que “escândalo financeiro” não “deverá passar em branco”, pela nova gestão da instituição.
Entenda
Em julho de 2020, o Banco do Brasil cedeu uma carteira de crédito ao BTG Pactual no valor contábil de R$ 2,9 bilhões. O impacto financeiro da transação foi de R$ 371 milhões (antes de impostos). Foi a primeira vez em sua história que o BB fez uma cessão dessa a um banco de fora do seu conglomerado.
A transação suspeita repercutiu na imprensa e foi objeto de um requerimento na Câmara protocolado pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). A bancada do PSOL na Câmara também protocolou um convite ao comparecimento do então presidente do BB, Rubem Novaes, para prestar informações sobre o caso.
No mesmo ano, em uma reportagem exclusiva, a revista Fórum afirmou que o BTG poderia ter obtido lucro de R$ 1,659 bilhão com a operação. Segundo a publicação, a carteira de crédito vendida tinha potencial de recuperação de 70%.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região levantou dúvidas, na época, a respeito da forma como foi feita essa transação. A entidade espera que a nova presidente do BB investigue a fundo a operação e, caso seja comprovada a ilegalidade, os responsáveis sejam devidamente punidos.