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Governo Bolsonaro distribui estoque de cloroquina a cidades e estados e acumula testes de Covid-19

27/11/2020

Ao invés de repassar a cidades e estados os 6,8 milhões de exames do tipo RT-PCR, que detectam a Covid-19 e estão em um armazém em Guarulhos (SP), o governo Bolsonaro distribuiu toda a cloroquina disponível aos estados e prefeituras, mesmo o medicamento não tendo comprovação científica de eficácia no combate ao coronavírus.

O Ministério da Saúde adquiriu e distribuiu todos os 5,8 milhões de comprimidos de cloroquina obtidos. Segundo a pasta, essa entrega foi realizada após pedidos feitos por prefeituras e governos estaduais.

A cloroquina que foi entregue foi produzida por laboratórios da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e do Exército. Apenas nas Forças Armadas, os gastos foram de R$ 1,5 milhão até o mês de junho. Já o gasto na Fiocruz, foi de R$ 207 mil, segundo o Ministério da Saúde.

Em Blumenau (SC), o estoque de cloroquina encalhado nas farmácias da rede pública é suficiente para um século de demanda. A procura pelo medicamento é muito pequena e as 36 mil doses enviadas pelo Ministério da Saúde vencem no dia 1º de maio de 2022.

De acordo com o site UOL, que consultou as Secretarias de Saúde de 15 estados, onde vive mais de 80% da população, os estoques de cloroquina somam 280 mil comprimidos. O Exército possui outros 400 mil no estoque. No total, são 680 unidades do produto reservados, pelo menos.

Apesar da enorme propaganda de Bolsonaro em cima do medicamento, diversos estados já demonstram que o pedido pelo medicamento foi um ato precipitado decorrente de desinformação e pressão política. Três estados devolveram cloroquina por falta de uso ou de eficácia e um quarto também pretende enviar de volta.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, Bolsonaro gastou milhões na produção de um medicamento que, cientificamente, não salva vidas. É inacreditável que, desde o começo da pandemia, o governo não tome medidas concretas de enfrentamento ao coronavírus, como a distribuição de testes para que a doença seja diagnosticada e os infectados sejam isolados e, assim, a disseminação do vírus diminua.

Além disso, são vergonhosas todas as propagandas e fake news do governo em cima do medicamento. O Brasil é o único país do mundo onde continuam a circular com frequência notícias falsas sobre cloroquina, ivermectina e azitromicina como curas para a Covid-19.

Plano de vacinação

No último domingo (22), o Ministério da Saúde informou que deve assinar cartas de intenção com cinco laboratórios envolvidos no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 –  o laboratório chinês Sinovac, responsável pela vacina Coronavac, não está entre esses. No entanto, a aquisição de doses depende de liberação na Anvisa e no SUS, e o governo não garante a compra.

Nesta semana, o ministro Ricardo Lewandowski marcou para 4 de dezembro o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a vacina contra Covid-19 e defendeu que o governo federal seja obrigado (em 30 dias) a apresentar um plano de vacinação para combater a pandemia.

O Sindicato apoia essa possível obrigação! Bolsonaro precisa parar de ludibriar os brasileiros com soluções ineficazes e tomar, de uma vez por todas, medidas corretas no combate ao coronavírus.

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