Na tarde de ontem (10), o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região teve uma nova reunião com representantes do Banco do Brasil. O único assunto abordado foi a extinção da função de caixa, apesar do Sindicato ter proposto a discussão de outros problemas. Diferentemente do que ocorreu na terça-feira (9), a reunião não teve mediação do Ministério Público e nem a participação da Contraf ou da Contec.

Em resumo, a única proposta do BB é aumentar em 30 dias o prazo para retirar a função dos caixas executivos efetivos — esses funcionários perderiam a gratificação no dia 9 de abril, em vez de perdê-la em 10 de março, conforme propôs o banco no início das negociações. Porém, em troca, o Sindicato deve desistir de todas as ações judiciais relacionadas à reestruturação. Obviamente, a entidade rejeitou a ideia.

Intensificar as paralisações

Diante da intransigência do banco, sindicatos de todo o País vão intensificar as ações no sentido de mobilizar os trabalhadores para mais paralisações.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é preciso manter o estado de greve, além de ajuizar ações contra a desgratificação dos caixas, contra o fechamento de agências e contra o desconto da paralisação do dia 29.

Vale lembrar que o Sindicato já ajuizou ação contra o fim dos caixas, pedindo que os eles tenham direito à incorporação da função. Além disso, a entidade já tem uma liminar que proíbe transferências arbitrárias como as que o BB quer fazer.

A expectativa do Sindicato é que todas as demais entidades façam o mesmo para inviabilizar a reestruturação, já que o banco insiste em não negociar seu projeto como um todo.

Violência em Brasília

Ontem (9), os funcionários do BB paralisaram pacificamente diversos locais de trabalho em todo o País. Porém, em Brasília a Polícia Militar cometeu excessos contra os trabalhadores.

A reportagem do portal de notícias iG resumiu da seguinte maneira o ocorrido: “A manifestação ocorrida em Brasília (DF) acabou em violência. Cerca de 200 funcionários do BB protestavam pacificamente no edifício Sede 1, onde se concentram as operações remotas do banco. Por volta das 10h00, a PM de Brasília atacou os manifestantes com gás de pimenta e golpes de cassetete para dissipar o ato.”

Veja as cenas de truculência no vídeo abaixo.

O Sindicato condena veementemente a truculência desnecessária da PM contra os manifestantes. Absurdo!

(A imagem em destaque, no topo, é da audiência virtual do dia 9, com integrantes do Ministério Público, da Contraf e da Contec.)