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Em entrevista, presidente do BB defende privatização do banco

01/06/2020

Bancos: Banco do Brasil

Ontem, 31 de maio, o jornal O Globo publicou uma entrevista com Rubem Novaes, o atual presidente do Banco do Brasil. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, vale destacar o início da conversa, no qual Novaes critica o caráter público da instituição e reafirma sua vontade de privatizá-la — lembrando que Bolsonaro privatizaria o BB num eventual segundo mandato. Leia:

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o banco está pronto para ser privatizado. As ações subiram. O mercado comprou essa possibilidade?

(A reação) não foi porque o mercado achou que o banco ia ser privatizado agora. O mercado reagiu bem quando o Paulo falou que o banco não obedecia ordens do governo.

O senhor se sente frustrado por não conseguir vender o BB?

Sinto. Mas não porque eu seja liberal, porque seja um dogma filosófico. É porque estou convencido de que seria o melhor caminho para o Banco do Brasil, para que ele possa se adaptar aos novos tempos da atividade bancária.

Em um eventual segundo mandato, o BB será privatizado?

Bolsonaro falou isso na reunião, que a privatização do BB vai ser só a partir de 2023. O presidente entende que hoje você não reúne condições de apoio político para fazer a privatização. Ele entende que o Congresso não está pronto para apoiar a privatização. O problema é que o BB perdeu todos os bônus de ser público e ficou só com o ônus de ser público.

Como assim?

Ele (o banco) tinha a folha de pagamento de todo o setor público, a administração dos depósitos judiciais e, de repente, isso tudo é (definido por meio de) concorrência, e você tem que pagar caro para ter. Aí, ficou só o lado travado. Tem que fazer concurso público, não tem a mesma facilidade de contratar, de demitir quem é mau funcionário. A porta de entrada do BB é concurso para escriturário, que não demanda conhecimento tecnológico. Se for pensar no banco do futuro, que será fundamentalmente tecnológico, você tem que mudar a porta de entrada no BB. Isso é difícil de se fazer na estrutura do setor público.

 

Para o Sindicato, declarações como essas desestimulam o funcionalismo e demonstram que o governo pensa em se desfazer de ativos públicos a preço de banana mesmo em época de pandemia. A visão do governo Bolsonaro não é de longo prazo, somente imediatista.

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