O jornal “Folha de São Paulo” noticiou na edição de hoje, dia 20, uma fala do diretor de marketing do Santander, Igor Puga, afirmando que há funcionários que querem ser demitidos durante a pandemia de coronavírus.
“A gente, ainda compulsoriamente, tem um histórico de muita gente que é ex-Banespa, ex-Banco Real, que infelizmente é oportunista neste aspecto, porque quer ser mandado embora, porque tem uma indenização enorme. Tanto que o sindicato está forçando a barra em relação a essa situação”, disse o executivo em um grupo de WhatsApp com 229 pessoas no sábado (16).
A fala de Puga foi dita após o mesmo criticar uma reportagem da Folha onde funcionários do Santander que estão trabalhando em home office afirmaram que estavam sendo convocados para retomar as atividades presenciais no banco. Sendo que a princípio, eles trabalhariam em rodízio até o mês de julho, quando o quadro de funcionários seria resposto de forma integral.
De acordo com Puga, o Santander convocou recentemente apenas uma parcela de seus profissionais que hoje fazem trabalho remoto para que eles substituam os funcionários que estão atuando sem folga no regime presencial. Ele afirma que estão no escritório só 300 dos 6.000 funcionários da sede, ou seja, 5% do total.
Sobre a fala do diretor de marketing, o banco disse em comunicado que “não comenta opiniões e comentários feitos em âmbito privado por qualquer um de seus colaboradores”.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Santander é o banco que, desde o início da pandemia, mais dá trabalho. O banco implementou unilateralmente a medida provisória 927 e ameaça constantemente demitir seus funcionários após o fim da pandemia de coronavírus.
Por tudo isso, esse posicionamento de um diretor do banco, que segundo ele mesmo é subordinado ao seu “chefe direto” (Sergio Rial, presidente do Santander) não surpreende.
