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Desmonte interrompido: Leilão de edifício que abrigou a agência 0001 do BB é suspenso

13/12/2022

Bancos: Banco do Brasil

Sedan/Divulgação

A diretoria do Banco do Brasil suspendeu, temporariamente, o leilão do Edifício Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, conhecido como Edifício Sedan e famoso por abrigar a agência 0001 do Banco do Brasil. O prédio estava à venda por R$ 311 milhões.

O edital anunciando a venda, publicado no dia 28 de novembro, foi retirado do site de lances ‘para revisão’, após o movimento sindical cobrar do BB explicações sobre a pressa em realizar a operação, que seria finalizada no dia 20 de dezembro, em São Paulo, quando o governo Bolsonaro ainda estaria no poder.

Favorecimento

O movimento sindical também denunciou que a operação pode favorecer o BTG Pactual, que tem como um de seus fundadores o ministro da Economia, Paulo Guedes. O BTG e a BR Properties são proprietários do Condomínio Ventura Corporate, onde passariam a funcionar as dependências do Sedan e da BB Asset Management. O imóvel ‘de alto padrão’ foi alugado pelo Banco do Brasil em 28 de junho de 2021, poucos meses após ser tomada a decisão de vender o Edifício Sedan.

Além disso, há outra transação suspeita em que o BTG está envolvido com o BB. Em 2020, o banco público cedeu carteira de R$ 2,9 bilhões – a maioria, em perdas – a um fundo de investimentos administrado pelo BTG. A transação passou a ser investigada pelo Ministério Público do Tribunal de Contas da União e pela Corregedoria-Geral da União (CGU), que já avaliou que o Banco do Brasil cedeu a carteira sem fazer um planejamento estruturado e “sem as devidas justificativas” de mercado. Em comunicado ao mercado publicado em 1º de julho de 2020, o BB informou que a cessão da carteira ao BTG teria impacto financeiro de R$ 371 milhões.

Ainda em 2020, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) solicitou explicações a Paulo Guedes, “acerca da venda da sede do Banco do Brasil” e também sobre “posterior locação, supostamente antieconômica de outro espaço”, pertencente ao BTG Pactual. Na época, o ministro da Economia respondeu que a venda seria para manter a ‘competitividade em condições de igualdade’ do BB com os demais agentes financeiros, mas sem trazer subsídios técnicos e econômicos.

Já o Banco do Brasil afirmou que a venda do Sedan e a alocação no condomínio do BTG Pactual faziam parte do programa FlexyBB, para adoção de um “novo padrão” de gerenciamento, que inclui ainda a desocupação de 19 prédios, entre locados e próprios.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o leilão do Edifício Sedan tem que ser suspenso definitivamente. A falta de transparência do BB e a pressa em realizar a venda ainda no mandato de Bolsonaro têm objetivo claro: esconder as irregularidades da operação e vender mais um patrimônio público, beneficiando aliados.

 

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