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Deflação em julho: Queda de preços não beneficia famílias mais pobres

10/08/2022

Apesar do Brasil registrar deflação de 0,68% nos preços ao consumidor em julho, a queda beneficiou apenas as famílias com renda mensal acima de oito salários mínimos (R$ 9.696), de acordo com o IPC FX, índice da Fipe que mede a inflação na cidade de São Paulo por faixa de renda.

A queda é a menor taxa já registrada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e foi influenciada pela diminuição do preço dos combustíveis e da energia. Apenas 2 grupos de produtos e serviços, de 9 no total, tiveram queda: transportes (-4,51%) e habitação (-1,05%). Ou seja, a maioria dos produtos e serviços que compõem o índice de inflação ainda estão subindo. Dentre as altas, estão a alimentação e bebidas (1,30%), que voltaram a acelerar.

Recorte por faixa de renda

O perfil de consumo das famílias varia conforme a renda. Desta forma, os consumidores de maior renda, por exemplo, têm gastos maiores com transporte, saúde e educação. Já os mais pobres, as despesas se concentram em alimentação e habitação (66% do gasto).

No mês passado, o IPC para famílias com renda superior a R$ 9.696 recuou 0,11%. Já para as famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos, o índice de preços da Fipe registrou alta de 0,44%. Para aquelas que estão no patamar intermediário (faixa de R$ 3.636,01 a R$ 9.696), a inflação foi de 0,17%.

Segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, as famílias que ganhavam até R$ 1,9 mil gastavam mais de um quinto (22%) de sua renda com alimentação. Já entre as pessoas com a renda mais alta, os gastos com comida representavam 7,6% do orçamento.

Dentre os 13 itens da cesta básica, 12 tiveram alta na janela de 12 meses do indicador de preços medido pelo IBGE. São eles: batata, leite, café, banana, feijão, óleo, açúcar, farinha, manteiga, pão, tomate e carne.

4ª maior inflação entre principais economias

O Brasil permanece no topo do ranking dos países com maiores taxas de inflação entre as principais economias mundiais, mesmo após o país ter registrado deflação em julho.

Com inflação acumulada em 12 meses de 10,07%, o país tem a quarta maior taxa do G20, grupo dos 19 países mais ricos e um bloco com integrantes da União Europeia, segundo levantamento da empresa de análises e tecnologia financeira Quantzed. Turquia e Argentina lideram o ranking com taxas de 79,6% e 64%. Em terceiro, está a Rússia, com índice de 15,9%.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região não há como comemorar a deflação do mês passado, enquanto as famílias mais pobres se desdobram para se alimentar no Brasil de Bolsocaro.

Campanha salarial

O Sindicato destaca que por conta da deflação, o índice de reajuste da categoria será impactado, fato que fortalece ainda mais – junto ao momento de carestia dos alimentos – a reivindicação do aumento nos vales alimentação e refeição dos bancários.

 

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