A Caixa Econômica Federal fechou acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e vai pagar R$ 10 milhões para encerrar o processo sobre os casos de assédio sexual e moral praticados por Pedro Guimarães, ex-presidente do banco.
De acordo com o jornal Metrópoles – que, inclusive, revelou os casos em junho de 2022 e publicou relatos das vítimas de Guimarães – o acordo foi aprovado nas últimas semanas por instâncias internas do banco e deverá ser assinado nos próximos dias. Depois, será submetido à Justiça do Trabalho para homologação.
Indenização por danos coletivos
O MPT pediu ao banco R$ 300 milhões de indenização por danos coletivos, pela omissão em apurar e punir os casos de assédio. Contudo, como o processo se arrastaria por anos na Justiça e o valor pedido seria, provavelmente, reduzido na sentença, os procuradores e a Caixa resolveram fechar acordo. Também como parte do acordo, a CEF se comprometeu a adotar iniciativas efetivas de combate ao assédio dentro da instituição.
Os recursos de indenizações como a que o banco pagará são aplicados pelo MPT em projetos sociais que são escolhidos a partir de chamadas públicas.
Pedro Guimarães é alvo da mesma ação do Ministério Público do Trabalho. Dele, é cobrada indenização de R$ 30 milhões.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a Caixa aceitou o acordo para se livrar o mais depressa possível desse processo, assumindo a omissão em fiscalizar os atos abusivos de Guimarães.
Desde que assumiu a nova presidência do banco, Rita Serrano prometeu combater o assédio na instituição, afirmando que “a gestão pelo medo na Caixa acabou”. Assim esperamos!