A Caixa Econômica Federal tenta reverter na Justiça a decisão que concedeu em julho de 2021, medicamento a filho de um bancário, diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença degenerativa que compromete o desenvolvimento motor.
No ano passado, o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13) autorizou o uso de força policial para que o Saúde Caixa – plano de saúde dos funcionários da Caixa Econômica Federal – cumprisse a decisão de pagar a diferença do valor já arrecadado pela família de Heitor Moreira Melo, para a compra do Zolgensma. Conhecido por ser o medicamento mais caro do mundo, a medicação que possibilita o tratamento da criança custou R$ 9 milhões para a família. Em campanhas na internet, os pais de Heitor conseguiram arrecadar cerca de R$ 3 milhões.
A CEF, por sua vez, entrou com recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST) pedindo que os pais paguem R$ 5,7 milhões pelo remédio comprado através do plano de saúde.
Evoluções de Heitor
O medicamento trouxe uma “nova vida” a Heitor, que agora tem 2 anos. Familiares relataram ao site Metrópoles que Heitor “começou a sustentar a cabeça, teve força para sentar e outras melhorias motoras”. O menino também começou a balbuciar palavras e passou a conseguir ficar sem respirador durante o dia. Antes do tratamento, ele passava o dia com o equipamento.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região se solidariza com a luta da família, vítima da ganância da Caixa. Um banco que lucrou R$ 51,5 bilhões em 3 anos tem total condições de arcar com o plano de saúde de seus funcionários. É um absurdo que um bancário, que está fazendo de tudo para salvar o filho de uma doença rara, não tenha seus direitos respeitados e sofra perseguição do banco. Inaceitável!
Força e vida digna ao pequeno Heitor!