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Brasil não atinge meta para nenhuma das principais vacinas infantis

08/09/2020

Créditos: Eduardo Matysiak

Notícia atualizada no dia 30 de março de 2021

Pela primeira vez no século, o Brasil não atingiu a meta para nenhuma das principais vacinas infantis, segundo dados de 2019 do Programa Nacional de Imunizações, analisados pelo jornal Folha de São Paulo.

A meta de vacinação em crianças de até um ano costuma variar entre 90% (para vacinas contra tuberculose e rotavírus) e 95% (para as demais). Quando ela não é alcançada, há grande risco de doenças que já foram eliminadas retornarem, ou a transmissão daquelas que até então vinham sendo controladas, aumentarem drasticamente. O sarampo é um exemplo de uma doença que o Brasil estava livre, mas que após a vacinação contra o vírus não ser efetuada por diversas famílias, o surto retornou. Em todo o ano passado, foram confirmados 10.326 casos, distribuídos em 11 estados.

Em 2019, nenhuma vacina atingiu a meta entre o grupo de bebês e crianças até um ano completo, segundo a análise, 8 das 9 vacinas indicadas tiveram queda na adesão. Em alguns casos, como as vacinas contra poliomielite e tuberculose, a cobertura vacinal já chega ao menor índice em ao menos 23 anos. No caso da vacina pentavalente, a cobertura é a menor desde que houve a incorporação completa no SUS.

Os primeiros sinais de uma queda na vacinação começaram a ser registrados em 2015 e se agravaram em 2017, quando apenas uma vacina atingiu a meta indicada, e as demais tiveram queda.

O desabastecimento de vacinas, como houve com a pentavalente, após problemas na compra no mercado internacional, e com a BCG, aplicada em maternidades, é considerado um dos fatores para uma queda na vacinação. Além dele, se destacam os movimentos antivacina.

No primeiro dia de setembro, quando o Brasil ultrapassou os 122 mil mortos pela Covid-19, Bolsonaro declarou que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”. Apesar de Bolsonaro não ter se declarado contra a vacinação em si, declarações contra a obrigatoriedade da mesma são incabíveis e incentivam a negligência de parte da população. Enquanto milhares de brasileiros estão em uma batalha contra a doença e esperam ansiosos pela aprovação da vacina ideal contra a Covid-19, o presidente mais uma vez desdenha dos métodos de prevenção.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a fala irresponsável de Bolsonaro é um combustível para movimentos antivacina. Ontem (7), em um protesto que beira ao ridículo, um pequeno grupo de manifestantes foi às ruas de Curitiba para dizer que não querem uma vacina que proteja contra o coronavírus, pois eles já possuem a cloroquina e antibióticos. Vergonhoso!

A desinformação e a alienação praticadas pelo atual governo colocam em risco a vida de crianças e adultos! A importância da vacinação vai muito além da prevenção individual. Chega de irresponsabilidade, Bolsonaro!

ERRAMOS

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região esclarece que quando esta notícia foi publicada pela entidade, no dia 8 de setembro de 2020, a foto divulgada não continha os devidos créditos ao fotógrafo Eduardo Matysiak. A entidade lamenta o erro e informa que a autoria da imagem já foi corrigida na publicação.

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