Um empregado do Santander teve de ser levado a um hospital na última quarta-feira, dia 4, após sofrer seu terceiro ataque de pânico no banco – desta vez, no PAB da Unesp. O bancário está com Síndrome do Pânico e Depressão em consequência da enorme pressão pelo cumprimento das metas inatingíveis impostas pelo Santander e o constante medo da demissão.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região começou a acompanhar o trabalhador no começo do ano, pouco tempo depois de sua primeira crise. Na ocasião, colegas de trabalho levaram o bancário até o hospital. Na época, por medo da demissão, o bancário não quis se afastar para tratamento, e a consequência é que foi demitido mesmo assim.
No exame demissional, acompanhado pelo Sindicato, sua dispensa foi anulada, já que ele foi considerado inapto para o desligamento, conforme a farta documentação médica apresentada.
Após enfrentar um processo desgastante, em que o Santander demorou para restabelecer o seu salário, o bancário viu-se obrigado a voltar ao trabalho.
No entanto, no seu primeiro dia de retorno, a insensibilidade do Santander já ficou clara ao colocá-lo na função de Caixa na lotada agência 0004 (o local já foi autuado pelo Procon por excesso de filas). O resultado foi um segundo ataque de pânico e um novo afastamento para tratamento.
Na semana passada, após uma nova alta médica repleta de restrições, concedida pelo banco, o bancário foi enviado ao PAB Unesp, onde ficou fechado em uma sala sem qualquer atividade durante suas 8 horas de trabalho. Outro erro do banco!
No seu segundo dia de trabalho, ainda na Unesp (mesmo o Sindicato solicitando ao gestor que não o enviasse ao PAB), aconteceu o óbvio: um terceiro ataque de pânico, tão forte que o bancário precisou de internação por cinco dias. O Judiciário será acionado para resolver o caso.