A coluna Radar, da Veja, informou ontem, 6, que a Caixa Econômica Federal passa por uma crise por causa da morte dos pais de uma empregada que teve covid-19 e transmitiu a doença aos demais familiares.
Francisca Vieira Lima, de 64 anos, e José Ariston Nogueira de Lima, de 69 anos, morreram ambos num intervalo de 14 horas, entre a noite de terça-feira e a manhã de quarta. O pai, assim como as três filhas, também trabalhava na Caixa.
Segundo a Associação de Pessoal da CEF, a filha que ficou doente trabalha na matriz e pediu para permanecer em regime de home office quando convocada para retornar ao trabalho presencial, já que os pais eram do grupo de risco, mas o pedido foi negado.
A associação conta que 13 empregados da ativa já morreram por causa do coronavírus. “A tristeza só é superada pela indignação com o sentimento de que se tratava de uma morte que poderia ser evitada”, escreveu numa carta aos empregados.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a direção da Caixa e o governo Bolsonaro são culpados diretos pela morte dos pais dessa bancária, e é inacreditável que parte do Judiciário concorde com a convocação de bancários que moram com pessoas do grupo de risco. Essa iniciativa fará ainda mais mortos.
Em Bauru, a CEF não chamou os empregados que coabitam com pessoas do grupo de risco, mas o Banco do Brasil, sim. O Sindicato acionou a Justiça contra a decisão do BB e chegou a obter uma liminar favorável ao pedido, mas essa liminar foi cassada ontem. Triste.