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Afinado com Bolsonaro, Fausto Ribeiro é novo presidente do BB

22/03/2021

Bancos: Banco do Brasil

Foto: LinkedIn / Reprodução

O Banco do Brasil comunicou na última quinta-feira (18) que seu presidente, André Brandão, havia entregue naquele dia pedido de renúncia ao cargo — com efeitos a partir de 1º de abril — e que o presidente Jair Bolsonaro havia aceitado o pedido.

Na mesma quinta, a Folha de S.Paulo informou que o novo indicado para a presidência do BB é Fausto de Andrade Ribeiro, diretor da BB Consórcios desde setembro. O jornal diz que Fausto é afinado ao presidente Jair Bolsonaro e que foi sugestão do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães — Pedro nega conhecer Fausto, segundo uma reportagem do Valor Econômico publicada nesse domingo (21).

A Folha conta que “Ribeiro é considerado no Banco do Brasil um ‘bolsonarista’ e, segundo funcionários da instituição, cobrou de sua equipe que trabalhasse de maneira presencial durante a pandemia”.

Conta também que é funcionário de carreira do BB desde 1988, que é formado em administração e direito, que tem especialização em finanças internacionais e pós-graduação pela George Washington University, e que “foi diretor-geral da instituição financeira para Espanha e Marrocos e diretor-executivo do Banco Patagônia, em Bueno Aires” — controlado pelo BB desde abril de 2010.

Fausto inadequado

Passados três dias, a reportagem do Valor de domingo afirma que “Fausto Ribeiro foi entrevistado por três dos oito conselheiros da instituição financeira, que o consideraram inadequado para o cargo”, e que “a nomeação, se confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro, pode abrir uma crise no colegiado — assim como se viu na Petrobras”.

Fausto foi ouvido pelos dois membros independentes indicados pelo Ministério da Economia — Hélio Magalhães, presidente do colegiado, e José Guimarães Monforte — e pelo coordenador do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade, Luiz Serafim Spinola Santos, que é um dos dois membros independentes eleitos pelos acionistas minoritários.

De acordo com o jornal “a conclusão foi a de que Ribeiro, embora esteja no BB desde 1988, carece de uma experiência mais vasta para comandar o segundo maior banco do país, com R$ 1,725 trilhão no fim de 2020”, já que “o executivo assumiu apenas em setembro a presidência da unidade de consórcios” e que “antes disso, ocupou funções de diretoria em unidades fora do país”, “cargos gerenciais, subordinados às vice-presidências da instituição”.

Bolsonaro privatista

No início do mês, circularam notícias de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, teriam concordado em indicar para a presidência do BB o atual presidente da Caixa Seguridade, Eduardo Dacache. Isso porque a saída de Brandão vinha sendo cogitada por ele mesmo desde janeiro, depois de experimentar atritos com Bolsonaro por conta da reestruturação, que previa o fechamento de centenas de agências e a meta de desligar 5 mil funcionários.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lembra que Bolsonaro não é contra medidas de sucateamento do banco público. Ao contrário, é um defensor da privatização, apesar de já ter deixado claro que só gostaria de passar essa “boiada” adiante após as eleições de 2022. A revelação foi feita por ele mesmo na fatídica reunião ministerial de 22 de abril do ano passado, cujo teor foi tornado público. Na reunião, já em plena aceleração da pandemia, as contaminações e mortes causadas pela covid-19 não foram assunto. Inclusive, foi nesse dia que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o governo deveria aproveitar a pandemia para passar a boiada do desmonte ambiental e do Estado.

“O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização (…) Então tem que vender essa porra logo”, disse na ocasião o ministro Paulo Guedes, pedindo ao então presidente do BB, Rubem Novaes, que “confessasse logo seu sonho” de privatização. Aos risos, Bolsonaro respondeu: “Deixa pra depois, confessa não. Faz assim: só em 2023 você confessa”.

BB antecipa pagamentos de 13º e vales

Assim como fez no ano passado, o BB vai antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Tradicionalmente, o valor é creditado junto dos proventos de abril (no dia 20), mas desta vez será pago no dia 1º de abril.

Já o crédito dos vales alimentação e refeição do mês de abril, que deveria ocorrer no dia 31, foi antecipado para esta segunda-feira (22).

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