Nesta segunda-feira (14), o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região denunciou ao Ministério Público Federal (MPF), a reestruturação da Caixa Econômica Federal, que está sendo aplicada sem qualquer negociação com os trabalhadores.

Na denúncia, a entidade relata, em detalhes, a reestruturação em Bauru e expõe provas – adquiridas pela oposição bancária – sobre transferências que já estão acontecendo fora da base territorial da entidade.

Como se sabe, em Bauru, a reestruturação impactará mais de 250 trabalhadores. Ao menos quatro filiais na cidade serão extintas, sendo elas a de Gerência de Tecnologia (Gitec), Gerência de Logística (Gilog), Gerências Executivas de Habitação (Gihab) e o prédio que abriga o setor jurídico da Caixa. No começo do mês, os empregados da Caixa lotados na Gitec Bauru foram avisados que a unidade será extinta em 120 dias. Somente nesse prédio, 40 funcionários terceirizados terão seu vínculo empregatício encerrado.

Com a denúncia, o Sindicato pretende barrar as transferências compulsórias e lutar contra a redução de salários decorrente de descomissionamentos. Vale lembrar que a entidade já enviou uma solicitação à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e também à Diretoria de Recursos Humanos da Caixa e a representantes do movimento sindical majoritário, para que o banco explique em detalhes o que pretende fazer e de que forma as mudanças vão afetar os empregados da base territorial do Sindicato.

O pedido do Sindicato para uma reunião com o banco, atende a uma determinação da convenção coletiva dos bancários (Cláusula 67) segundo a qual “eventual judicialização das matérias atinentes às relações de trabalho deverá ser precedida, obrigatoriamente, de negociação coletiva”.

O Sindicato destaca que está à disposição de todos os trabalhadores da Caixa que estão enfrentando esses ataques. A entidade segue acompanhando de perto cada caso.

Na foto, Andreza Bianchini Trentin, advogada do Sindicato, redige denúncia ao MPF, ao lado dos diretores da entidade, Alexandre Morales e Paulo Tonon.