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Vexame: Bolsonaro defende cloroquina em discurso da ONU e expõe Brasil “imaginário”

21/09/2021

Foto: Reprodução

Em plena abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira (21), Jair Bolsonaro defendeu o uso da cloroquina contra a Covid-19 e expôs um Brasil que não existe.

No início de seu discurso, Bolsonaro afirmou que estava ali para mostrar um “Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões”. Logo em seguida, disse que o país mudou desde que assumiu a presidência e que não há nenhum caso de corrupção em seus quase três anos de governo.

Vale lembrar que na realidade, há diversas investigações envolvendo aliados e familiares de Bolsonaro em esquemas de corrupção, inclusive relacionados à compra de vacinas contra a Covid-19.

Sobre a Amazônia, Bolsonaro questionou qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a do Brasil, citando uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto se comparado com o mesmo mês do ano anterior. No entanto, o desmatamento da Amazônia no período é o maior em dez anos, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônica (Imazon).

Negacionista

Bolsonaro também afirmou que durante a pandemia de coronavírus o Brasil pagou um auxílio emergencial de US$ 800 para 68 milhões de pessoas, o que daria R$ 4.260 na cotação atual. Contudo, esse foi o valor total pago em alguns casos, mas parcelado ao longo de meses.

Em relação à vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro, que é o único líder mundial entre os membros do G20 a ter dito publicamente não ter se vacinado, afirmou que o governo apoiou a imunização, mas que é “contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”.

Além disso, atacou governadores e prefeitos por políticas de isolamento social na pandemia e defendeu o chamado “tratamento precoce” contra Covid-19, em referência a medicamentos comprovadamente ineficazes como a hidroxicloroquina.

“Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label. Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, disse Bolsonaro.

Distorcendo mais um fato, Bolsonaro afirmou que a maior manifestação da história do país ocorreu no dia 7 de setembro deste ano, quando, na verdade, o ato que teve pautas antidemocráticas teve baixa adesão em todas as regiões do Brasil.

Concluindo seu discurso, Bolsonaro afirmou que o Brasil “vive novos tempos” e que a economia tem um “dos melhores desempenhos entre os emergentes”.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o discurso de Bolsonaro mostrou ao mundo a verdadeira realidade do Brasil: o país está sendo governado por um negacionista incompetente e irresponsável. Vexame!

 

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