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Sindicato paralisa agência do BB em protesto contra descomissionamentos

Gerentes das agências Getúlio e Arealva foram descomissionados sem qualquer justificativa

09/04/2018

Bancos: Banco do Brasil

O governo Temer tem realizado constantes reestruturações que resultam em descomissionamentos dos funcionários do Banco do Brasil. Assim, sem motivo algum o BB descomissionou dois gerentes gerais na região: o da agência Getúlio Vargas, em Bauru, e o de Arealva. Os descomissionamentos aconteceram no dia 29, na véspera da Sexta-feira Santa – e, por extensão, da Páscoa.

Para os que creem, a celebração da ressurreição de Jesus simboliza o nascimento para uma vida nova e melhor. De fato, o que o BB fez foi dar uma vida nova aos dois funcionários, só que uma vida pior, já que os trabalhadores, ambos com cerca de 30 anos de banco, perderam praticamente 3/4 da remuneração mensal.

Injustiça

Catorze semestres seguidos de metas cumpridas; avaliações de desempenho com notas bem superiores à média; indicação para gerenciar agências de maior porte.

Tudo isso não foi o bastante para que Cristiane Maria da Silva Albuquerque (a gerente regional do BB), com o aval da Superintendência Estadual, mantivesse a comissão do gerente geral da agência Getúlio. A pergunta que fica é: o que é preciso fazer para se manter o cargo no BB?

O caso se agrava porque faltava apenas um ano e meio para o bancário se aposentar e o descomissionamento foi feito com requintes de crueldade: durante uma reunião, ao ameaçá-lo de descomissionamento, a regional foi questionada sobre o motivo, mas se negou a dar explicação – o bancário só percebeu que havia sido descomissionado durante o expediente, quando, no meio do dia, seu sistema caiu e ele se viu impedido de trabalhar por mais de seis horas. Absurdo!

Protesto

Para ressaltar essa ironia desumana, no dia 2 o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região providenciou uma fantasia de coelho e alguns ovos de Páscoa e paralisou até o meio-dia a agência Getúlio – isso, a despeito da oposição do novo gerente, que tentou a todo custo abrir a agência, levando a um estresse desnecessário e, em consequência, ao aparecimento de três viaturas da Polícia Militar.

O protesto teve amplo apoio de clientes da agência, que não entenderam o descomissionamento de um funcionário tão compromissado.

O Sindicato aproveitou o carro do som da entidade para denunciar a atual política do BB: agências com o mínimo de funcionários, mas com a mesma meta de produtividade de antes da criação e migração dos clientes para os escritórios digitais. Sem funcionários para se dedicarem exclusivamente à venda de produtos, até os caixas executivos estão sendo obrigados a vender. Aberração!

O Sindicato está dando todo o apoio jurídico necessário aos bancários, inclusive ao ex-gerente da agência de Arealva (município que não faz parte da base territorial da entidade). Por terem mais de 10 anos de comissão, eles têm direito a incorporá-la.

O Sindicato já exigiu uma reunião com a Estadual do BB para discutir o assunto.

Protesto foi realizado a despeito da oposição do novo gerente da agência, cuja atitude causou desentendimentos entre clientes e diretores do Sindicato que, no fim, levaram ao surgimento de policiais militares – ao todo, três viaturas da PM se posicionaram no entorno da agência para observar a manifestação do Sindicato

 

Histórico de problemas

Infelizmente, desde que assumiu a Regional de Bauru, Cristiane tem causado problemas. O Sindicato já pediu para que não fosse tão agressiva nas audioconferências e que diminuísse o número de reuniões com os gerentes gerais. Ela atendeu a solicitação por um período, mas logo retomou as más práticas.

O Sindicato também já pediu intervenção da Estadual para pôr fim à cobrança de metas por grupos de Whatsapp com celulares particulares dos bancários e para extinguir a prática instituída por Cristiane de fazer “oficinas” somente para quem não atinge metas. Solicitou, ainda, o fim da prática de reuniões no final do dia com caráter punitivo para os “zerados no dia”. A Estadual do banco atendeu a entidade.

No entanto, denúncias contra sua gestão continuam surgindo diariamente. É preciso dar um basta nisso!

(Bancários na Luta nº 24)

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