O Banco do Brasil foi condenado pela Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao pagamento de indenização no valor de R$ 300 mil a um bancário que foi extorquido e sequestrado junto com a família em Nova Resende (MG).
O trabalhador atuava como assistente de negócios e teve sua casa invadida durante a noite por três criminosos armados e encapuzados. Ele e sua esposa foram feitos reféns e mantidos sob ameaça durante toda a madrugada. Pela manhã, quando a filha do bancário e seu neto, de apenas seis anos, chegaram à residência, também foram surpreendidos pelos assaltantes e levados com a avó para um cativeiro.
Enquanto isso, um dos criminosos obrigou o bancário a acompanhá-lo até a agência, onde foi forçado a carregar sacolas com dinheiro até o carro do assaltante. Após o roubo, o criminoso fugiu, deixando a vítima sem qualquer informação sobre o paradeiro da família. Os reféns foram abandonados em um cafezal, dentro do carro da família, com os pneus furados.
Transtorno pós-traumático
Na ação trabalhista, o bancário afirmou que toda a família teve de se submeter a acompanhamento psicológico e psiquiátrico, em razão do transtorno pós-traumático. Ele também precisou se afastar do trabalho por incapacidade total e temporária.
A indenização no valor de R$ 300 mil é referente ao impacto psicológico causado pela extorsão mediante a sequestro. Ela não engloba a incapacidade do bancário para o trabalho, já indenizada separadamente a título de danos materiais.