No último dia 10, em assembleias realizadas em todo o Brasil, os empregados dos Correios decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado. O movimento teve início no dia 11.
Além de reivindicarem o justo reajuste salarial, a luta desses trabalhadores é também contra a retirada de direitos e a iminente privatização da empresa.
Em agosto, Paulo Guedes e Bolsonaro anunciaram uma lista com 17 empresas a serem privatizadas em um curto espaço de tempo pelo governo. Na ocasião, o presidente pediu ao secretário de Desestatização a privatização de ao menos uma estatal por semana. “Salim, pelo menos umazinha por semana você tem que resolver, tá certo? Umazinha. Uma estatal ‘pequeninha’”.
Na quinta-feira, dia 12, o ministro Mauricio Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), propôs a suspensão da greve até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para o dia 2 de outubro. Os sindicatos estão convocando assembleias para hoje, dia 17, para decidirem pela continuidade ou não da greve.
Os trabalhadores dos Correios afirmam que o governo quer retirar 45 cláusulas do acordo coletivo em vigor, o que representaria uma redução na renda de até R$ 5 mil por ano para cada trabalhador.
Importante lembrar que em 2018 os Correios tiveram lucro de R$ 161 milhões, o que levou o ex-presidente da empresa, o general Juarez Cunha (demitido em junho) a defender sua não privatização.
Entre os direitos que estariam sendo retirados estão o 13º ticket de refeição, o pagamento do ticket nas férias, a inclusão dos pais do plano de saúde dos funcionários, o auxílio-creche, entre outros direitos.
O Sindicato se solidariza com a luta dos trabalhadores.