O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da PEC da reforma da Previdência na Câmara, leu o seu parecer na última sexta-feira, dia 14. O texto incorporou algumas das alterações propostas pelos parlamentares, mas manteve as ideias principais da proposta elaborada por Paulo Guedes, o ministro da Economia de Bolsonaro.
Com a leitura do relatório, começou a correr o prazo para as discussões na comissão especial.
Embora a reforma da Previdência seja um assunto extremamente controverso, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, está fazendo de tudo para que o relatório seja aprovado o mais rapidamente possível.
A imprensa informa que um acordo entre líderes garantiu que nesta semana haverá duas sessões destinadas a discutir o relatório (nos dias 18 e 19), mas que o feriado de Corpus Christi e as festas juninas (entre os dias 24 e 28) devem fazer com que o quórum não seja atingido. Se de fato não houver quórum, a deliberação sobre o relatório ficará para a primeira semana de julho; caso contrário, ela acontece já na semana que vem, em meio às festividades.
Se dependesse só de Maia, a votação no colegiado seria em 25 de junho. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a pressa de Maia é porque os banqueiros, principais beneficiários da reforma, são os avalistas da proposta.