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Retrocesso: BB propõe reduzir ciclos avaliatórios e diminuir assistência psicológica a funcionários que sofreram assalto ou sequestro

19/08/2022

Bancos: Banco do Brasil

Protesto realizado pelo Sindicato em 2022, contra assédio moral no BB de Avaré

O Banco do Brasil apresentou aos representantes dos funcionários, no dia 16, a proposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022-2023. Entre as mudanças, estão dois retrocessos: a redução dos atuais três ciclos avaliatórios para um ciclo e a substituição de 1 ano de assistência psicológica para 20 sessões de psicoterapias a vítimas de assalto ou sequestro.

Atualmente, o ACT vigente estabelece que o funcionário poderá ser dispensado da função ou descomissionado com três ciclos avaliatórios “consecutivos de desempenho insatisfatório” Contudo, o trabalhador no cargo de gerente-geral, pode sofrer essas punições caso tenha apenas um ciclo de desempenho insatisfatório.

Esta é a terceira vez que o banco tenta reduzir os ciclos de avaliação. Em 2018 e em 2020 a mesma proposta foi apresentada durante negociação.

Terapia

O BB também propôs reduzir o oferecimento de 1 ano de assistência psicológica para 20 sessões de psicoterapia, aos funcionários ou seu dependente, vítimas de assalto ou sequestro. Como justificativa, o banco alega que um levantamento feito com base nos últimos quatro anos revelou que são raros os casos em que as 20 sessões foram extrapoladas. Além disso, afirmou que a nova proposta abre espaço para um número ilimitado de consultas, se o tratamento precisar ser prorrogado.

Demais Propostas

  • Retirar a limitação de 18 meses para a empresa se comunicar com o funcionário afastado por condições médicas, pedindo reavaliação do seu estado de saúde;
  • Unificação dos ACT’s data-base, Teletrabalho e CCP;
  • Incluir as verbas 011-Adicional por mérito e 123-VCP Incorporados aos descontos que incidem sobre o pagamento do Vale transporte;
  • Auxílio funeral – quando o benefício for assegurado por entidade patrocinada e o valor for inferior ao previsto no ACT, o banco arcará com a diferença;
  • Horário de repouso em atividades repetitivas – acompanhar CCT;
  • Liberação de adiantamentos condicionada à manutenção de conta corrente ativa;
  • Exclusão da cláusula 28, sobre vantagens de férias e licença prêmio.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a redução de três ciclos avaliatórios para apenas um, não pode ser aceita. A medida é injusta e fortalece o assédio moral contra os trabalhadores que atuam como gerente-geral, já que eles terão seu desempenho analisado superficialmente e poderão sofrer retaliações ao não alcançar as metas abusivas estipuladas pelo banco.

Sobre a diminuição de sessões de terapia, o Sindicato acredita que a alegação do banco é confusa, pois se há a possibilidade do tratamento ser prorrogado, não há motivo para impor limites no novo ACT. A entidade ressalta que o BB precisa se responsabilizar pela saúde mental dos trabalhadores e dependentes que foram vítimas de assalto ou sequestro, proporcionando atendimento o quanto de tempo for necessário, afinal, traumas como esses são difíceis de serem superados.

(Na foto, protesto realizado pelo Sindicato no BB de Avaré, contra os casos de assédio moral que têm levado os funcionários da unidade ao adoecimento)

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