No último dia 18, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória cujo objetivo seria combater as fraudes no INSS. O governo pretende reavaliar 5,5 milhões de benefícios, e a expectativa é de economizar até R$ 9,8 bilhões somente neste ano.
Esse tipo de medida não é novo. Dilma e Temer tomaram decisões semelhantes, também com a desculpa de combate a eventuais fraudes. O agravante, desta vez, é a ampliação da política de premiação dos peritos do INSS a cada benefício cancelado. “Os peritos estão contando com essas bonificações como parte de seu salário”, afirma Maria Emília, diretora de Saúde do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região. “O governo não vê a fraude como exceção, e sim como regra.”
No pente-fino do governo Temer, foi comum o cancelamento de benefícios pelo INSS e a posterior reversão desses cancelamentos pela Justiça. Ou seja: para o Sindicato (que ajuiza ações judiciais desse tipo), medidas como essa geram, na verdade, uma falsa economia.