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Maior parte das categorias está obtendo reajuste salarial inferior à inflação

30/08/2021

Imagem: Dooder / Vecteezy

O boletim “De Olho Na Negociação”, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e o “Salariômetro”, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostram que o mês de julho foi o pior dos últimos 12 meses para as categorias que encerraram suas campanhas salariais.

De acordo com o Dieese, em cerca de 59% das negociações realizadas em julho os reajustes ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outras 16% foram iguais à inflação, e em 25% houve aumento real de salários.

Ainda segundo o departamento, a variação real média das correções salariais em julho foi negativa (-1,87%). Para chegar a esse número, o Dieese analisou 129 reajustes com data-base no mês passado.

Já o “Salariômetro” da Fipe mostra que em julho a média do reajuste foi de 7,6%. Como a inflação do período bateu os 9,2%, houve perda real nos salários de 1,6%.

Ao longo deste ano, de acordo com o Dieese, os reajustes acima do INPC representam apenas 17,5% do total, enquanto que os iguais à inflação oficial representam 32,2%. Portanto, as negociações que terminaram em perdas salariais são a maioria (50,3%). A variação real média no ano, até julho, foi negativa (-0,71%).

Pesquisadores que participaram do levantamento atribuem esse quadro ao alto índice de desemprego, ao desalento, e, principalmente à inflação dos alimentos, da energia elétrica e dos combustíveis, além da precarização das relações de trabalho e pelo enfraquecimento da Justiça do Trabalho, provocados pela reforma trabalhista.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região concorda com o diagnóstico, lembrando que tudo isso é consequência das ideias defendidas pelo grupo que hoje está no comando do Poder Executivo federal. A pandemia só agravou uma crise econômica que já vinha sendo gestada pelo presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

A entidade também destaca que a data-base dos bancários é agora, em 1º de setembro, e que a categoria só não vai ter perda salarial por causa do acordo bianual negociado no ano passado, que estabeleceu reajuste de 0,5% acima da inflação.

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