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Lucro dos três maiores bancos privados atinge R$ 69,4 bilhões, enquanto famílias estão cada vez mais endividadas

16/02/2022

Bancos: Bradesco, Itaú , Santander

Os três maiores bancos privados brasileiros, Itaú, Bradesco e Santander, lucraram juntos R$ 69,4 bilhões em 2021. Um crescimento de 30,4%, em média.

O lucro é proveniente, principalmente, dos números positivos das carteiras de créditos, que subiram 16,7% na média das três instituições e alcançaram R$ 2,4 trilhões. Em contrapartida, esse lucro reflete o empobrecimento da população, já que se trata de crédito a pessoa física.

Em 2020, a carteira de crédito também cresceu, mas com recursos direcionados especialmente a micro e pequenas empresas, contribuindo para o aumento das atividades econômicas.

O ganho com prestação de serviços e tarifas também foi destaque entre as instituições, que arrecadaram R$ 90,2 bilhões, sendo que o Itaú obteve elevação de 9,3% e Bradesco e Santander, 4,9%. O valor superou com folga as despesas de pessoal: no Santander, mais que o dobro gasto com seus trabalhadores (210,7%), no do Itaú 74,2% maior, e no Bradesco, 28,7%.

Contratações

Juntos, os três bancos contrataram 5.356 novos funcionários. Contudo, o Bradesco demitiu 2.301 trabalhadores no ano passado. A maioria dos postos abertos foram voltados à área de tecnologia (atendimento digital), o que resultou no fechamento de 629 agências.

Endividamento

Ao mesmo tempo em que os três maiores bancos do país atingem esse lucro astronômico, a elevação dos juros – recurso usado pelo Banco Central (BC) para tentar conter a alta da inflação – aprofundam o endividamento de milhares de famílias. Segundo o BC, o uso do rotativo do cartão de crédito, valor que a pessoa não consegue quitar de sua fatura mensal, sobre o qual incidem juros de mais de 300% anuais, em 2021 foi o maior nos últimos 10 anos.

A renda em 2021 atingiu o pior nível desde 2012, com R$ 2.444 mensais em média para contratados a partir de 14 anos. Nesse quadro, o endividamento das famílias alcançou 50,41% de todos os seus rendimentos, dos quais 27,87% tiveram de ser gastos com os serviços dessa dívida com os bancos. O número de famílias que passaram a viver nessa situação também cresceu muito no período, com elevação de 10 pontos percentuais, atingindo 76,1% de todos os lares brasileiros.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é lamentável que enquanto famílias vivem o desespero do endividamento, impulsionado pelos juros absurdos, desemprego e aumento do custo de vida, os banqueiros concentrem ainda mais toda a riqueza do país.

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