O Itaú atingiu um lucro líquido de R$ 23,118 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, alta de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no terceiro trimestre (julho até setembro), o lucro líquido foi de R$ 8,07 bilhões, alta de 5,2% em relação ao trimestre anterior.
Mesmo com o resultado bilionário que se destaca entre os maiores bancos do país, a instituição fechou 247 agências físicas nos últimos doze meses. As unidades foram fechadas em detrimento da abertura de 189 agências digitais.
Carteira de crédito
A Carteira de Crédito do banco cresceu 15,4% em doze meses e 2,5% no trimestre, atingindo R$ 1,111 trilhão. As operações com pessoas físicas no Brasil cresceram 27,0% em doze meses, totalizando R$ 384,7 bilhões, com destaque para crédito pessoal (+36,3%), cartão de crédito (+32,7%) e crédito imobiliário (+27,4%). O crédito à pessoa jurídica apresentou alta de 13,8% no período, totalizando R$ 301,0 bilhões. Enquanto o crescimento de micro e pequenas empresas foi de 15,1% em doze meses, alcançando 159,9 bilhões.
O retorno recorrente gerencial sobre patrimônio líquido (ROE) do banco privado sofreu aumento de 21,3% no segundo trimestre, com alta de 1,7% em doze meses.
Contratações
Ao final do terceiro trimestre de 2022, o Itaú contava com 88.279 empregados no país e nos últimos doze meses, abriu 2.084 postos de trabalho. Contudo, esse saldo positivo se deve ampliação no número de assessores de investimentos e a contratações para a área de Tecnologia da Informação (TI).
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Itaú tem acelerado a transformação digital das unidades, deixando de lado a qualidade no atendimento aos clientes. No início do mês, a entidade denunciou a situação lamentável em que os clientes e usuários do Itaú de Santa Cruz do Rio Pardo tiveram que enfrentar: 75 pessoas aguardaram na fila mais de 1h40 de espera para atendimento.
Com tamanha lucratividade, o banco deveria contratar mais funcionários para atender toda demanda de serviço e parar de sobrecarregar os poucos que ainda restam. No entanto, a instituição só tem feito movimento contrário. No início de outubro, em menos de 15 dias, o Itaú demitiu 5 bancários que atuavam em Agudos, Lençóis Paulista, Pederneiras e Bauru. Inadmissível!
