Enquanto milhares de brasileiros lutam para sobreviver à crise econômica do País, enfrentando a inflação e o desemprego (que já atinge 12,2 milhões de brasileiros), os três maiores bancos privados do Brasil nadam em dinheiro. Juntos, Itaú, Bradesco e Santander, faturaram R$ 59,7 bilhões no ano passado, um crescimento médio de 10,8% nos doze meses, e rentabilidade entre 19% e 21,9%.
Os três ativos somados totalizaram R$ 3,7 trilhões, com alta média de 10,1% em relação a dezembro de 2017. A carteira de crédito total dos três bancos juntos atingiu R$ 1,6 trilhão, com alta de 7,9% no período.
Concentração bancária
Segundo os últimos dados disponíveis no Banco Central (BC), a concentração bancária no Brasil é tão grande que os cinco maiores bancos (Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco) reuniam 85% de todos os depósitos em 2017, ou seja, de cada R$ 10 depositados, R$ 8,50 estavam sob guarda desses bancos.
Além da concentração bancária, outros fatores que garantem os lucros exorbitantes são o aumento das taxas de juros e das tarifas bancárias, os cortes nas despesas de pessoal e o cumprimento de metas abusivas pelos funcionários.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, esses bancos atingiram R$ 59,7 bilhões em 2018 através do árduo trabalho dos bancários, que sobrevivem à rotina de sobrecarga de trabalho e assédio. O adoecimento da categoria é fruto dessa rotina que só pode melhorar se os banqueiros investirem em novas contratações e, principalmente, em respeito ao trabalhador.