O anúncio de cortes nos recursos da Educação pelo governo Bolsonaro tem levado às ruas milhares de estudantes, professores e trabalhadores em vários locais do país. Desde a semana passada, as manifestações vêm ganhando força e preparam a Greve Nacional da Educação marcada para o próximo dia 15 de maio.
A onda de protestos denuncia os ataques do governo à Educação, que além do corte de 30% nos recursos de toda a rede de ensino, das universidades à educação básica, inclui a perseguição e censura a educadores, rebaixamento do conteúdo pedagógico e a reforma da Previdência. No último dia 8 ocorreram protestos em São Paulo (SP), Niterói (RJ), Curitiba (PR) e Natal (RN).
No começo do mês, o Ministério da Educação anunciou o bloqueio de R$ 7,4 bilhões do seu orçamento, sendo que R$ 5,7 bilhões (23% do orçamento da pasta) já deixam de ser repassados agora.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que priorizará os cortes nas universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi.
Já Bolsonaro afirmou que não vai cortar recursos, e sim investir na Educação Básica, informação fácil de ser desmentida quando se tem acesso aos valores dos cortes. A Educação Básica perderá R$ 2,4 bilhões, número superior aos R$ 2,2 bilhões que deixarão de ser repassados às universidades federais.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região apoia a Greve Nacional da Educação que acontecerá no dia 15 e vai participar do protesto que ocorrerá em Bauru em frente à Câmara Municipal. “As prioridades de Bolsonaro são equivocadas: enquanto sangra a Educação, quer perdoar R$ 17 bilhões de dívidas de ruralistas”, afirma Paulo Tonon, diretor do Sindicato.