O Ministério da Economia — através da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada à Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados (SEDDM) — publicou no Diário Oficial da União da última terça-feira (17) a Portaria nº 9.932, que limita a 94.955 vagas o quadro de pessoal próprio do conglomerado Banco do Brasil.

Com essa publicação, foi revogada a portaria anterior, a nº 23.352, de 10 de novembro de 2020, que fixou o limite em 100.343 vagas. Ainda no ano passado, em 31 de março, havia sido publicada a Portaria nº 8.775, que fixava o limite em 102.681 vagas. Ou seja: em pouco mais de um ano, o governo Bolsonaro fechou 7.726 postos de trabalho no BB.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lembra que o lucro do Banco do Brasil cresceu 52% no primeiro semestre, tendo alcançado R$ 9,75 bilhões. É evidente que não há motivo para economia às custas dos funcionários, que estão sobrecarregados e tendo, inclusive, perdas salariais.

Nessa quinta-feira (19), por exemplo, o Sindicato fez um protesto para denunciar à população que o BB está descumprindo uma determinação da Justiça — a liminar que proíbe o banco de suprimir a gratificação de função dos antigos caixas executivos. O BB, ao extinguir a função, impôs perda salarial a mais de cem funcionários somente na base territorial do Sindicato.

Para a entidade, o BB precisa parar de promover reestruturações permanentemente, quase todo ano, com o intuito de economizar migalhas. É preciso ampliar o quadro de pessoal e valorizar os funcionários. Basta de mesquinharia!

(Foto do último dia 11 de maio, quando o Sindicato fez um protesto temático em frente à agência da praça Rui Barbosa para denunciar a falta de funcionários no BB e a ‘magia de piorar o atendimento’.)