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Em plena maior crise hídrica dos últimos 91 anos, governo Bolsonaro suspende sistema nacional de meteorologia

01/10/2021

Mesmo com o Brasil passando pela maior crise hídrica da história, o governo Bolsonaro decidiu encerrar as operações do SNM (Sistema Nacional de Meteorologia).

O SNM era coordenado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). Criado em maio deste ano, o Sistema foi criado para aprimorar o monitoramento e elaborar previsões de eventos meteorológicos extremos, além de realizar pesquisas.

Poucos dias após o início de suas operações, o SNM emitiu seu primeiro alerta de emergência hídrica, avisando que as perspectivas climáticas indicavam que a maior parte da região central do País entraria em seu período de menor volume de chuvas na história entre maio e setembro, e a bacia do Rio Paraná passaria pelo seu pior cenário hídrico.

Apesar da importância do SNM, ainda mais nesse momento de escassez de água, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações solicitou à Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República o encerramento das operações.

Em substituição, o governo federal quer retomar a Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia, criada há 18 anos, mas que nunca operou.

Racionamento

Apesar da crise hídrica ligar o sinal vermelho para a ameaça de apagão – por causa da concentração da geração de energia a partir da água -, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à CNN no dia 30, que  “não acredita em racionamento” no Brasil. Segundo Bolsonaro, o país foi “obrigado” a decretar uma bandeira acima da vermelha para “pagar a conta” devido à crise.

Bauru

Em Bauru, a população continua sofrendo com o longo racionamento causado pelas quedas no nível da lagoa de captação de água do Rio Batalha, reservatório que mantém o sistema responsável por abastecer cerca de 40% dos moradores da cidade.

Por conta disso, há quase seis meses, ocorre sistema de rodízio no abastecimento dos bairros. Atualmente, a população atendida pelo Batalha recebe água por somente 24 horas e, depois, fica 48 horas com as torneiras secas.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, infelizmente, a crise hídrica do Brasil está longe de melhorar. Diante disso, seria fundamental que o Sistema Nacional de Meteorologia continuasse operando para que novos alertas e perspectivas fossem emitidos rapidamente, contribuindo para a tomada de medidas efetivas. Contudo, mais uma vez, Bolsonaro agiu com irresponsabilidade.

O que esperar de um presidente que na maior crise hídrica dos últimos 91 anos, afirmou que não acredita em racionamento e sugeriu que os brasileiros tomem banho frio e não usem elevadores para economizar energia? Vergonhoso!

 

 

 

 

 

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