O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região participará de uma reunião virtual, nesta quinta-feira (27), às 14 horas, com a Fenaban para esclarecer as medidas de combate ao coronavírus nos bancos. Em meio ao alerta de alta nos óbitos de trabalhadores da categoria, a entidade irá reforçar a exigência de medidas imediatas para que os efeitos da pandemia sejam minimizados nos locais de trabalho e do avanço da discussão sobre a vacinação da categoria.
Segundo levantamento realizado pelo Dieese com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a média de desligamentos por morte na categoria bancária saltou de 18,3 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2020 para 50,6 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2021, crescimento de 176,4%. Apesar dos dados não especificarem as causas das mortes, é nítido que o aumento está atrelado aos óbitos de bancários por Covid-19.
Entre abril de 2020 a março de 2021, 418 trabalhadores da categoria faleceram. Desses, 69,8% tinham cargo de escriturário, caixa, ou gerente de conta, ou seja, trabalhavam presencialmente e provavelmente, foram infectados pelo coronavírus durante o exercício.
De acordo com a pesquisa do Dieese, 264 escriturários; 40 caixas; 26 gerentes de contas PF/PJ; 20 gerentes administrativos; 13 supervisores administrativos; 11 gerentes de agência; 9 auxiliares de escritório; 7 atendentes de agência; 6 assistentes administrativos; e 6 chefes de serviços bancários faleceram durante a pandemia.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, esse levantamento comprova ainda mais que a postura da Fenaban precisa ser mudada urgentemente. Se os bancos não procurarem o governo federal e o governo de São Paulo para reivindicar a vacinação prioritária da categoria, os números de óbitos e infectados por Covid-19 serão ainda maiores e as instituições carregarão o fardo – junto ao presidente Bolsonaro – de serem responsáveis por essas vidas perdidas e pela disseminação do coronavírus nas agências.
(Na foto, de 23 de março, diretores do Sindicato e bancários realizam a carreata “Sem vacina, sem atendimento!” para protestar contra a demora na vacinação dos trabalhadores da categoria e a exposição ao risco de contágio nas agências)