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Corrupção: Pastores liberam verba do MEC em troca de propina

28/03/2022

Mais um escândalo envolvendo o governo Bolsonaro se tornou público na semana passada. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou em conversa gravada, obtida pelo jornal Folha de S.Paulo, que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC (Ministério da Educação).

De acordo com o ministro, a solicitação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, diz Ribeiro na conversa em que participaram prefeitos e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

Os religiosos têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia.

O prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB) disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o pastor Moura teria cobrado, de forma antecipada, R$ 15 mil em troca de sua influência no MEC a favor da prefeitura. Além disso, o religioso também teria pedido 1 kg de ouro após a liberação dos recursos. Já o prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro contou que Moura pediu propina de R$ 15 mil e compra de bíblias para ajudar na “construção da Igreja”. O prefeito de Boa Esperança do Sul, São Paulo, José Manoel de Souza, também revelou uma solicitação feita pelo pastor de R$ 40 mil.

Investimentos

O pastor Gilmar Santos investiu quase meio milhão de reais para criar duas empresas, abertas no começo de março. No mesmo dia, ele abriu uma faculdade em Goiânia, com aporte inicial de R$ 100 mil, e registrou uma editora na cidade vizinha de Aparecida de Goiânia, com capital de R$ 350 mil.

Após as propinas serem reveladas, Bolsonaro defendeu o ministro da Educação em sua transmissão semanal nas redes sociais: “Eu boto a minha cara no fogo pelo Milton”. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, no dia 24, a abertura de inquérito criminal sobre o caso.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, atuar fora do orçamento e das regras institucionais é um modus operandi do governo Bolsonaro. Não podemos naturalizar esse tipo de coisa! Isso é corrupção, sim!

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