“Enquanto o governo prepara um superpacote de privatizações, os bancos públicos saíram na frente e puxaram a fila de venda de ativos. Capitaneadas por Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, as operações somaram quase R$ 16 bilhões nos 200 dias da administração do presidente Jair Bolsonaro.” Assim começa uma reportagem publicada no dia 23 pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a intenção do governo Bolsonaro de ampliar a participação privada em diversos segmentos da economia.
O governo teve facilidade para efetuar essas vendas porque parte dos ativos já estava listada na Bolsa (caso da BB Seguridade e da IRB Brasil Re). Além disso, recente decisão do STF autorizou a venda de subsidiárias sem a aprovação do Congresso (caso da BR Distribuidora, privatizada na semana passada).
O jornal ainda diz que “novas vendas já estão engatilhadas para o segundo semestre, com potencial de multiplicar o volume arrecadado e contribuir com os planos do governo de alcançar US$ 20 bilhões em privatizações só este ano” e que “as operações envolvem não só negócios do setor financeiro, mas também a participação dos bancos estatais em empresas de outros segmentos, como energia, saneamento, logística.”
“É um absurdo o governo Bolsonaro entregar essas empresas a preço de banana”, afirma Wagner Silva, funcionário do Itaú e diretor do Sindicato.