Objetivo é exterminar a função de caixa nas agências fazendo com que eles orientem clientes a usar apenas autoatendimento
Desde o início do mês, aumentam as denúncias em São Paulo e no Rio de Janeiro de que os caixas do Banco do Brasil estão sendo orientados a passar a maior parte do tempo de sua jornada de trabalho no autoatendimento. A estratégia é estimular os clientes a não utilizar os serviços dentro das agências, para reduzir o número de autenticações nos caixas e, assim, abrir caminho para extinguir a função de caixa no BB. Tudo amparado pelo PSO (Plataforma de Suporte Operacional), setor que agrega os caixas e a área de tesouraria das agências.
No ano passado, o BB já havia investido contra a função dos caixas, mas a mobilização dos funcionários e sindicatos, somados a ações judiciais, adiou o plano, que agora volta com força total. A meta em 2022 é utilizar os próprios bancários que atuam como caixa a trabalhar como a função que eles desempenham. Incentivando até os clientes a participar deste desmonte.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região as filas constantes nas agências do BB, inclusive nas baterias de caixas, demonstram que ainda não é hora de extinguir a função de caixa, por mais que o banco queira.
Imagem mostra fila na frente da agência da Praça Rui Barbosa, em Bauru, durante pandemia.