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28 DE ABRIL: DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO

28/04/2020

CSP-Conlutas (com Sindicato dos Bancários de Bauru e Região)

Este Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho deve ser marcado pela luta por justiça e em defesa dos direitos e da saúde da classe trabalhadora. Neste dia 28 de abril, em especial, homenageamos os trabalhadores e trabalhadoras que adoeceram ou perderam a vida por estar na linha de frente do combate ao novo coronavírus em todo o mundo, assim como que estão trabalhando em serviços essenciais.

“Os trabalhadores que estão nos serviços essenciais correm mais risco, mas principalmente os profissionais de saúde, que fazem o atendimento direto aos doentes que estão com o novo coronavírus, que sofrem não apenas os riscos pela exposição, sem o devido equipamento, mas também os psicossociais, como a depressão e o estresse. Então, é importante, neste momento, que essa data seja resgatada no sentido de valorização dos trabalhadores da saúde”, defende Rosália Fernandes, trabalhadora da saúde e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Números que assustam

Pelo menos 22.073 profissionais da saúde, em mais de 50 países, foram contaminados pelo novo coronavírus, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) disponibilizados no início de abril.

O afastamento de trabalhadores da saúde aqui no Brasil, por suspeita de estarem com a doença, chega a 7 mil. Dos que foram testados, 1,4 mil deram positivo para a doença e pelo menos 18 morreram.

Dados que já assustam, mas que podem ser bem maiores, já que nem todos estão sendo devidamente testados.

Ainda de acordo com a OMS, desses trabalhadores infectados, 3,8% se concentram na China, 14% na Espanha e 11% na Itália, onde 60 médicos morreram. Nos Estados Unidos essa porcentagem de profissionais contaminados encontra-se entre 16% e 28%.

Dos trabalhadores da saúde brasileiros, segundo projeção do Conselho Nacional de Saúde, pelo menos 365 mil podem ser infectados pela doença, que representam 10% de todo o corpo de trabalhadores atuantes no país.

Atualmente, de acordo com levantamento feito em universidades pelo país que testaram trabalhadores da saúde, já estão contaminados entre 25% e 50% dos profissionais.

As longas horas de trabalho desses trabalhadores, aliadas com a sobrecarga de trabalho, também potencializam a exposição para contrair a doença.

Essa contaminação poderia ter sido evitada caso esses trabalhadores tivessem acesso aos equipamentos de proteção necessários para não contaminação e aos testes para a Covid-19.

Outras categorias em risco

Para além dos trabalhadores da saúde, outras categorias das chamadas áreas essenciais — entre as quais a dos bancários, a dos coletores de lixo, a dos trabalhadores em supermercados, drogarias, farmácias, transportes coletivos e construção civil — também estão expostos ao adoecimento sem a devida proteção.

Muitos desses trabalhadores ainda enfrentam a precariedade em seus locais de trabalho, sem os equipamentos de proteção (EPIs) adequados, submetidos a muitas horas de trabalho e a um sistema de saúde saturado.

“Boa parte da patronal também não respeita o isolamento social, nas indústrias, nos setores metalúrgicos e na construção civil, mineração e vários outros. Os trabalhadores e as trabalhadoras vão aglomerados em ônibus, vans etc., e no local de trabalho tem mais aglomeração, o que coloca todos em risco de contaminação”, aponta Jordano Carvalho dos Santos, integrante do Setorial de Saúde das Trabalhadoras e Trabalhadores da CSP-Conlutas.

É preciso garantir direitos

A CSP-Conlutas convoca os trabalhadores e trabalhadoras para lutar em defesa da vida, do emprego e direitos neste dia 28 de abril.

É necessário criarmos Comitês de Organização de Base nos locais de trabalho. Precisamos impedir o trabalho sem a menor segurança, exigir EPIs e condições de trabalho. Não vamos aceitar assédio moral de chefias e vamos avançar na solidariedade entre os trabalhadores.

Exigimos

– Isolamento social, com licenças remuneradas, para os trabalhadores dos serviços não essenciais, e estabilidade no emprego;

– Investimentos urgentes para o setor da saúde pública com valorização dos profissionais;

– EPIs para todos os profissionais dos serviços essenciais, principalmente para os profissionais da saúde;

– Contratações de mais profissionais da saúde;

– Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, para os trabalhadores dos serviços essenciais;

– Testes para todas as pessoas com sintomas da Covid-19;

– Atendimento gratuito e de qualidade em todo serviço de saúde privado;

– Fora Bolsonaro e Mourão e toda essa corja!

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