O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou, no dia 9, um protesto no Itaú da Avenida Getúlio Vargas, em Bauru, contra o fechamento da unidade.

A agência terá suas atividades encerradas na última semana de março e, segundo o banco, os bancários serão realocados para outras unidades da cidade. No entanto, para o Sindicato, o Itaú não irá desligar esses funcionários neste primeiro momento, mas, provavelmente, depois de três meses, a maioria deles perderá o emprego, assim como ocorreu em outras situações semelhantes.

Outra consequência negativa do fechamento será o aumento da sobrecarga de trabalho dos funcionários de outras unidades, já que a carteira de clientes da agência Getúlio será distribuída para as demais. Já os clientes também terão transtornos, visto que terão que se deslocar para outras regiões da cidade para receber atendimento.

Marca mais valiosa

Nos últimos dias, o Itaú divulgou em seu perfil no Instagram que a sua marca, agora, é considerada a mais valiosa da América Latina, segundo a Brand Finance 500. O problema é que toda essa riqueza e “valor” é fruto da exploração, cada vez mais desumana, do trabalho dos bancários.

Os relatos dos funcionários mostram que a pressão pelo aumento das vendas a qualquer custo está aumentando de forma exponencial. Essa cobrança incessante e, na maioria das vezes, inatingível, tem levado muitos trabalhadores ao adoecimento.

Um exemplo dessa situação pode ser visto através do programa GERA, que estabelece metas de desempenho. Atualmente, quando um bancário atinge 1.000 pontos no programa, ele é considerado um trabalhador de “baixa performance” e seu emprego passa a estar em risco permanente.

Para demonstrar a insatisfação com o fechamento da agência Getúlio e a indignação diante do fato de que a instituição que é considerada a mais valiosa da América Latina não demonstra o mínimo de respeito com os trabalhadores, o Sindicato expôs faixas de protesto em frente ao banco e no semáforo da quadra 8, da Avenida Getúlio Vargas (veja abaixo).

 

Pedro Valesi, diretor do Sindicato, entrega panfleto sobre o caso