Ontem, dia 22, o Valor Econômico publicou uma reportagem informando que o Banco do Brasil planeja manter 10 mil de seus 92,7 mil funcionários em home office após a pandemia. E hoje, 23, publicou uma reportagem mais ampla sobre o mesmo tema, informando que os outros grandes bancos, com exceção da Caixa Econômica Federal, também planejam manter parte dos empregados trabalhando de suas casas no futuro próximo.
As instituições financeiras afirmam que, além de gerar economia para elas, muitos empregados têm sido mais produtivos nessa modalidade de trabalho.
O BB, que aparentemente está com os estudos sobre o home office mais adiantados, diz que deve economizar R$ 180 milhões por ano com gastos imobiliários, desfazendo-se de algo entre 15 e 20 imóveis administrativos.
Já o Bradesco diz que entre 30% e 40% do pessoal de áreas administrativas poderá continuar trabalhando de casa e outro grupo de 25% a 30% não precisará ir ao escritório todos os dias. Além disso, diz que deve fechar mais agências do que as 320 previstas para este ano.
Itaú e Santander também veem com bons olhos a adoção do home office para uma parcela dos empregados, mas não deram números ao jornal, apenas elogiaram a experiência.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, banco não é só para acumular dinheiro e distribuí-lo entre seus acionistas, banco é serviço social.
Numa pandemia em que todos os bancos estão pagando benefícios, não há motivo para fechar agências, principalmente em cidades menores, que são as que mais precisam deles. Mas, infelizmente, os bancos só pensam em aumentar seus lucros, sem dar qualquer contrapartida para a sociedade.

