O Banco do Brasil decidiu, unilateralmente, impedir que os seus funcionários tirem férias, abonos ou licenças médicas nos meses de novembro e dezembro. Há algumas semanas, a diretoria de Varejo comunicou que os gerentes da rede estão proibidos de acionar a substituição temporária.
A substituição temporária é uma reivindicação antiga do movimento sindical. O BB retirou a regra em 2007, impondo aos funcionários a sobrecarga de trabalho gerada pela impossibilidade de um substituto liderar a função do colega ausente. Em 2023, após intensa pressão dos representantes dos trabalhadores, retornou com as substituições e ampliou a designação interina para funções de 3º nível gerencial. Desde então, a norma prevê o acionamento para ausências programadas iguais ou superiores a 10 dias úteis consecutivos.
De acordo com a instituição, a medida visa o “controle e racionalização das despesas administrativas”. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, essa justificativa é inaceitável, ainda mais ao considerar que o banco está economizando à custa daqueles que contribuem para o aumento da lucratividade e são submetidos, diariamente, à metas altíssimas e sobrecarga de trabalho.