O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia veemente a disseminação de notícias falsas promovidas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seus aliados da direita contra o Banco do Brasil. Foragido nos Estados Unidos, o deputado federal tenta atacar a imagem da instituição, patrimônio do povo brasileiro, alegando, de forma mentirosa, que há sanções estrangeiras e de bloqueio de ativos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua narrativa, Eduardo incita correntistas a retirarem seus recursos do banco.
“O Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência.(…) Tirem seu dinheiro dos bancos, Moraes vai quebrar o Brasil!”, disse o filho do ex-presidente, no dia 20, em um vídeo publicado nas redes sociais.
Diante da gravidade da acusação, o BB acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e divulgou nota pública em defesa da instituição. O banco também apontou os responsáveis por “propagar a desordem financeira no País”, entre eles, além de Eduardo, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor da Presidência do governo Jair Bolsonaro Filipe Martins.
Investigação da PF
No início desta semana, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou à Polícia Federal notícia-crime requerendo a instauração de inquérito policial para apurar a divulgação de fake news contra o Sistema Financeiro Nacional. A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), unidade da AGU, foi responsável por dar encaminhamento à denúncia do BB.=
“Desde 19 de agosto de 2025, diversos perfis em redes sociais passaram a veicular notícias falsas envolvendo agentes do sistema financeiro nacional, em especial o Banco do Brasil, em reação ao posicionamento institucional sobre as sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América, por meio da OFAC (Office of Foreign Assets Control), com base na chamada Lei Magnitsky”, disse a PNDD.
A AGU considerou que as fakes news tem o interesse de pressionar agentes financeiros e gerar caos no Sistema Financeiro Nacional. “Tais condutas têm o potencial de fomentar uma verdadeira corrida bancária para retirada de valores dos bancos, o que pode causar prejuízo à economia do País”, analisou.
Intenção política
O documento entregue à PF também aponta a tentativa dos envolvidos de deslegitimar o STF perante a opinião pública, criando um inimigo comum pela suposta crise econômica ou financeira que pode ocorrer. “Soma-se a isso uma intenção política no sentido de, relacionando tal colapso às atividades dos membros do Supremo Tribunal Federal, colocar a opinião pública contra o órgão judicial e constranger o Poder Judiciário em sua atuação típica”.
A Procuradoria requer a apuração da materialidade e da autoria dos fatos apontados, “os quais, inclusive, podem guardar correlação com investigações penais em curso no âmbito da competência originária da Suprema Corte”.
Para o Sindicato, os ataques da direita revelam o desespero de quem vê a verdade e a Justiça se aproximarem. A poucos dias do julgamento histórico e decisivo que pode levar à condenação de Jair Bolsonaro, seus aliados recorrem à desinformação, atentam contra a soberania nacional e tentam semear o caos no sistema financeiro. Mas não há mentira que resista à verdade. A lei prevalecerá e todos que atentarem contra o País responderão pela traição!