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Sindicato dos Bancários e Financiários
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Sindicato realiza assembleia sobre o acordo aditivo do Banco do Brasil

23/07/2020

Bancos: Banco do Brasil

No dia 30, às 18h, na quadra poliesportiva do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, acontecerá assembleia para deliberar sobre a proposta de acordo aditivo
do Banco do Brasil.

Após realizarem questionáveis assembleias virtuais, os sindicatos da Contraf/CUT e Contec assinaram o acordo proposto pelo banco. No entanto, ao ficarem cientes das propostas, os sindicatos dos bancários de Bauru e região, Maranhão e Rio Grande do Norte, que compõe a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), divulgaram uma nota pública chamando o voto “NÃO” nas assembleias de todo o País.

Diante do impacto nacional dos sindicatos de oposição não terem realizado assembleia para discutir o acordo, o Banco do Brasil convidou as entidades para uma videoconferência na tentativa de convencê-las a realizarem assembleias a toque de caixa, do contrário, a direção do banco tornaria público o “desacordo” na Agência de Notícias do banco e as cidades abrangidas pelos três sindicatos poderiam sofrer consequências.

Cilada
O acordo pouco traz de proteção aos direitos dos bancários durante a pandemia, pois não discute protocolos para casos de suspeita e de confirmação de Covid-19 dentro do banco.

Essa ausência de protocolos tem colocado em risco a saúde dos trabalhadores do banco, que muitas vezes, como já foi denunciado ao Sindicato, resiste a afastar os funcionários que tiveram contato com um colega contaminado por coronavírus, não realiza por livre espontânea vontade a higienização especializada na agência (somente com a pressão e protestos do Sindicato) e não aceita testar em massa.

Além disso, outro ponto que demonstra como o acordo é uma cilada aos bancários, é que o BB fez uma promessa verbal de não efetuar descomissionamentos até 31 de dezembro de 2020, no entanto, a questão que os sindicatos de oposição levantam é: já que o aditivo tem duração de dois anos, qual o motivo de não estender a suspensão de descomissionamentos até o prazo final do acordo? Está claro que essa promessa é falha, pois embora não possa ocorrer neste momento o descomissionamento por desempenho, o atual ciclo avaliatório valerá para posterior perda de função, ou seja, o banco não levará em conta todos os problemas enfrentados pelos comissionados neste momento em que a imensa maioria dos clientes do banco passa por dificuldades financeiras.

Segundo o Banco do Brasil, o acordo possui vantagens melhores que a MP 927, criada por Bolsonaro para “ajudar” as empresas durante a pandemia. Contudo, essa MP
já perdeu validade, tornando a proposta do banco, ainda mais recusável. Outros pontos considerados vantajosos pelo banco são: a anistia de 10% do saldo de horas negativo do trabalhador que está em home office; a garantia de 15 dias de férias (sem a possibilidade de serem adiantadas pelo BB sem acordo com o trabalhador), valendo a partir da assinatura do acordo (quem já “zerou” suas férias não terá a devolução destes dias); e abono pontuais dos dias 7, 8, 9, 28 e 29 de abril.

Porém, para o Sindicato, o aditivo possui diversos pontos negativos, pois: ignora qualquer custo adicional que o funcionário tem em home office; não concede qualquer amparo para ajudar o bancário a adaptar ergonomicamente seu novo local de trabalho; não faz nenhuma citação sobre acidentes de trabalho que possam ocorrer; finge desconhecer as dificuldades das mães em home
office, não propondo sequer uma jornada de trabalho diferenciada; não obriga o banco a ampliar o acesso à VPN para todos os funcionários ou elaborar novas atividades para os bancários de grupo de risco que precisam ficar em casa.

É justo que os bancários do BB fiquem até dezembro de 2021 realizando horas extras gratuitas para o banco? Ou pior, ter essas horas negativas não repostas descontadas após a data final de reposição? Não!

Por tudo isso, o Sindicato orienta o voto “NÃO”.

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