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Rombo bilionário: Bolsonaro fez Caixa liberar um volume recorde de créditos durante campanha eleitoral

02/06/2023

Bancos: Caixa Econômica Federal

O ex-presidente Jair Bolsonaro abriu um rombo bilionário nas contas da Caixa Econômica Federal, na tentativa de reeleição. As informações foram reveladas pelo portal UOL.

De acordo com a reportagem, a Caixa queimou suas reservas para liberar recursos para novos empréstimos durante a campanha eleitoral. No final do ano passado, o chamado LCR — índice de liquidez de curto prazo – despencou de 400% (alcançado em 2020) para 170%, o menor valor já atingido pelo banco.

O dado é uma média dos últimos três meses do ano. O risco exato que a Caixa assumiu no período eleitoral não pôde ser calculado, já que seria preciso observar o indicador diário, mas a instituição se negou a fornecer o número pela Lei de Acesso à Informação.

Volume recorde de créditos

Em 2022, a Caixa liberou um volume recorde de créditos: meio trilhão de reais. O agronegócio e o público de baixa renda – que eram o foco de Bolsonaro – foram os principais beneficiados pelo aumento de crédito.

Somente no ano passado, o agronegócio recebeu R$ 24 bilhões a mais de empréstimos da Caixa que no ano anterior, o que significa uma alta de 150%. Já para as pessoas de baixa renda, Bolsonaro criou, através de medida provisória, dois créditos no banco. O primeiro foi o SIM Digital, que ofereceu R$ 3 bilhões em microcrédito para pessoas com nome sujo. O segundo foi o consignado do Auxílio Brasil, que liberou R$ 7,6 bilhões em apenas 20 dias, entre o primeiro e o segundo turno.

Após a derrota de Bolsonaro nas urnas, diversas modalidades de créditos foram cortadas. “No período eleitoral, fazíamos cerca de 30 consignados do Auxílio por dia, poucos eram negados. Agora, quase todos são negados”, afirmou um funcionário ao UOL.

Herança 

Os ativos de alta liquidez são uma quantidade de dinheiro mínimo que o Banco Central obriga as instituições bancárias no Brasil a terem sempre disponível. A regra do BC diz que é preciso ter ativos suficientes para pagar 100% das obrigações que vão vencer em 30 dias.

De acordo com a nova presidente do banco público, Rita Serrano, a diminuição da liquidez para 170% “é significativa, mas não é alarmante”, já que bancos privados operam próximos desse nível. No entanto, disse que as “ações são controversas e foram claramente usadas antes da eleição com objetivos bastante questionáveis”. A presidente afirma

Diante desse cenário, segundo a presidente do banco, será preciso implementar medidas para melhorar o indicador, como a restrição de algumas linhas de crédito, restrição de volume de empréstimos e tentativa de melhorar a captação de recursos.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é evidente que Bolsonaro usou dinheiro público, com a ajuda da Caixa, na figura de Pedro Guimarães e demais aliados, na tentativa de comprar votos. Uma ação criminosa e que exige punição de todos os envolvidos!

Infelizmente, essa é mais um dos diversos itens da “herança maldita” de Bolsonaro para o governo Lula.

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