O mês de setembro está chegando e com ele o reajuste salarial e demais verbas da categoria bancária. Após a atuação frustrante e traidora da Contraf-CUT na campanha salarial do ano passado, o acordo coletivo da categoria foi assinado com validade de dois anos. Por isso, neste ano não haverá campanha salarial.
No dia 1º de setembro de 2025, os salários serão reajustados pelo INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de setembro de 2024 a agosto de 2025, acrescido do aumento de 0,6%. O índice será divulgado no início de setembro.
VA E VR
Os vales alimentação e refeição também serão reajustados conforme o INPC + 0,6%. Em 2024, o VA foi reajustado para R$ 874,78 e o VR em R$ 50,46.
PLR
A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também será reajustada conforme o índice, acrescido do aumento de 0,6%. Conforme consta na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, o pagamento da 1ª parcela deverá ser feito por todos os bancos até o dia 30 de setembro. Já a segunda parcela deverá ser paga até 1º de março de 2026.
O Banco do Brasil já anunciou a antecipação da primeira parcela para o próximo dia 12 de setembro.
Por que somos contra acordos bianuais
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região reafirma sua posição contrária aos acordos de dois anos. Eles enfraquecem a mobilização da categoria, engessando salários e direitos, e desconsideram a realidade econômica que muda ano a ano.
Sem negociações, só perdas!
Quando não há mesas de negociação frequentes, os avanços desaparecem e sobram prejuízos. Basta olhar o exemplo dos planos de saúde dos bancários de bancos públicos. A Cassi segue discriminando os egressos do BNC e o Saúde Caixa insiste nos aumentos abusivos e ainda nega aos admitidos pós-2018 o direito de permanecer no plano após a aposentadoria.
Fechamentos e demissões
A campanha salarial é um momento crucial de toda categoria. Ela não trata apenas de reajuste, é também fundamental para discutir condições de trabalho e manutenção do emprego. Sem negociações anuais, os bancos ganham espaço para precarizar relações de trabalho, fechar agências e promover demissões arbitrárias.
Em 2024, os bancos privados fecharam 856 agências no país, o que representa uma diminuição de 28,4% no número de postos de atendimentos, em relação ao que havia há 10 anos atrás. Na região de Bauru, o Bradesco fechou no ano passado unidades em Piratininga, Itaporanga e o Bradesco Bela Vista (Bauru). Agora, em 2025, já foram encerradas as agências de Fartura e Cerqueira César.
Seguindo a mesma conduta, o Santander encerrou as atividades da agência de Itaporanga em fevereiro e a Caixa Econômica Federal anunciou o fechamento da unidade Getúlio para setembro. Ou seja, só com mobilização e negociação permanente é possível conquistar e defender os direitos dos trabalhadores.