Em 13 de maio de 1888, diante da pressão externa e inúmeras revoltas do povo negro escravizado, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, decretando o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil. Entretanto, diante dos dados disponíveis atualmente, ainda é possível identificar que a liberdade não gerou igualdade de oportunidades e muitos ainda sofrem as consequências da opressão e do racismo estrutural.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do ano passado, mais de 45% da população negra ocupada atuava em trabalhos informais. Deste total, 45% são mulheres negras, privadas dos direitos relativos à carteira assinada.
O problema também pode ser identificado na dificuldade de acesso à moradia, saúde e educação, por parte desta grande parcela da população brasileira, bem como, em sua falta de representatividade em espaços de poder.
Na categoria bancária, os números também demonstram a desigualdade na qual eles ainda estão inseridos. Menos de 24% dos bancários são negros e pardos e apenas pouco mais de 4% ocupam posições de destaque nas diretorias dos bancos. A população negra, infelizmente, também é a principal vítima da violência policial no Brasil.
Sendo assim, para muitos estudiosos do tema, é preciso usar a data de hoje para lutar pela adoção de mais políticas reparadoras e de combate ao racismo, para que todo o país possa avançar em igualdade e inclusão. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região se solidariza com essa pauta e atua em conjunto para que todo o preconceito seja combatido em nossa sociedade.