O Itaú registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,128 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação com o trimestre anterior, o aumento foi de 2,2%.
De acordo com o banco, o resultado foi impulsionado pela expansão de 13,9% na margem financeira com clientes, reflexo do crescimento da carteira de crédito, da maior margem com passivos e da remuneração do capital de giro próprio. Além disso, o aumento nas receitas com prestação de serviços e a expansão no setor de seguros contribuíram para o desempenho.
A carteira de crédito totalizou R$ 1,383 trilhão no final de março de 2025, com alta de 13,2% em doze meses e recuo de 1,7% no trimestre. No segmento de pessoas físicas, o volume alcançou R$ 448,8 bilhões (+8,6% em 12 meses), com destaque para o crescimento no crédito imobiliário (+16,7%), financiamento de veículos (+9%) e crédito pessoal (+7,8%).
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE), no Brasil, chegou a 23,7%, com alta de 1 ponto percentual em doze meses.
Fechamento de agências e perda de clientes
Apesar de tamanha lucratividade, o Itaú fechou 222 agências em doze meses e perdeu 1,4 milhão de clientes. Além disso, no fim do primeiro trimestre deste ano, abriu apenas 51 vagas de trabalho. Em 12 meses, foram 343 postos. Ao final de março, o Itaú contava com 86.279 empregados.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Itaú, como uma instituição que alcançou no ano passado o maior lucro da história entre os bancos com ações na bolsa brasileira, tem o dever de oferecer atendimento presencial e de qualidade aos seus 99,2 milhões de correntistas. No entanto, o que se observa é um movimento contrário: o banco segue reduzindo o número de funcionários e de agências, promovendo demissões, sobrecarregando quem permanece e, como resultado, contribuindo para a precarização do atendimento e o aumento das filas.