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Governo Bolsonaro mente sobre geração recorde de empregos

31/03/2021

O Ministério da Economia divulgou nessa segunda-feira (30) os números referentes a fevereiro do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Novo Caged. De acordo com o cadastro, o Brasil criou no mês passado 401.639 vagas formais de trabalho.

Membros do governo Bolsonaro e apoiadores comemoraram o número dizendo que ele foi recorde. No entanto, uma reportagem publicada na tarde de ontem pelo UOL revela que as comparações são erradas, já que em 2020 “houve uma mudança de método na coleta dos dados do Caged”, e “o levantamento passou a usar dados mais abrangentes”.

Segundo o site, “foi incluída mais gente, como trabalhadores temporários, que não eram contabilizados antes”, o que “torna os resultados incomparáveis”.

O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, falou em “recorde” na entrevista coletiva que concedeu após a divulgação dos números, como se não soubesse da mudança do método.

A reportagem destaca que “embora a mudança de metodologia seja informada nas notas técnicas do Ministério da Economia, ela é omitida em publicações oficiais e em discursos do alto escalão”.

Diferenças entre o Caged e o Novo Caged

De 1992 até dezembro de 2019, os dados sobre o mercado de trabalho formal baseavam-se apenas no Caged, que monitora admissões e demissões no regime da CLT. A partir de janeiro de 2020, os dados passaram a agregar informações de mais dois sistemas, além do Caged: o eSocial e o Empregador Web (onde se registram os pedidos de seguro-desemprego). Essa reunião de dados complementares foi chamada de Novo Caged.

Como explica o UOL, o eSocial é mais amplo que o Caged, pois “todos os trabalhadores formais precisam ser registrados, inclusive bolsistas, temporários, agentes públicos e dirigentes sindicais”.

O Caged, por sua vez, dispensa o registro de diversas categorias, como servidores e empregados públicos (federais, estaduais, distritais ou municipais), avulsos, diretores sem vínculo de emprego, dirigentes sindicais, autônomos, eventuais, políticos (cargos eletivos), estagiários, domésticos, cooperados ou cooperativados, e trabalhadores com contrato de prazo determinado.

Termina a reportagem: “Como o novo sistema inclui muito mais gente, o resultado de emprego fica diferente do que era obtido antes dessa mudança. E tende a mostrar um número melhor.”

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é lamentável que o governo Bolsonaro tente usar de artimanhas para ludibriar a população a respeito de seus eventuais “feitos”.

Afirmações falsas vindas de Bolsonaro e seu governo não são novidade. Em 6 de novembro de 2019, por exemplo, foi criado o Bolsonômetro, que contabilizava as afirmações falsas ou imprecisas ditas pelo presidente com base em checagens feitas pela Folha de S.Paulo.

Na ocasião, com base em 86 declarações feitas em postagens nas redes sociais, transmissões ao vivo e entrevistas desde 1º de janeiro daquele ano, quando tomou posse, a média era de uma declaração falsa ou imprecisa a cada 4 dias.

O exemplo mais recente de mentira do presidente veio em seu pronunciamento à nação do dia 23, quando ele negou ter minimizado a pandemia, afirmou nunca ter desacreditado a vacinação como forma de combate à Covid-19 e, por fim, omitiu a recusa na compra de 160 milhões de doses de vacina em 2020.

Basta de enganação!

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