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Em um ano, mais de 4 mil postos de trabalho de bancários foram eliminados no Brasil

26/04/2024

Agência Rui Barbosa, em Bauru, registra constantemente longas filas por conta da falta de funcionários para atender toda demanda. Foto: SEEB-Bauru/Arquivo

Um levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base em dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostra que foram eliminados 4.171 postos de trabalho bancário no acumulado dos últimos 12 meses no País.

Divulgada neste mês de abril, a PEB (Pesquisa do Emprego Bancário) aponta que, entre fevereiro de 2023 e 2024, foram admitidas 37.577 pessoas no setor, enquanto 41.748 foram demitidas.

Em 12 meses, há saldo positivo para as regiões Norte (+151 vagas), Nordeste (+616 vagas) e Centro-Oeste (+143 vagas). Contudo, verifica-se saldo negativo de empregos na categoria para a região Sul (-101 vagas) e Sudeste (-4.980 vagas), impacto do Estado de São Paulo, onde há sede de vários bancos privados.

Janeiro e fevereiro

O mesmo estudo detalha informações relacionadas ao primeiro bimestre deste ano. No período, observam-se 7.069 admissões contra 5.995 demissões (desconsiderando movimentações da Caixa Econômica Federal, pois os dados não foram divulgados pelo banco) no País.

Segundo a PEB, grande parte dessas 1.074 vagas criadas foram para a função “escriturário”. Isso indica que a maioria das contratações podem ser decorrentes da convocação dos aprovados no concurso do Banco do Brasil, realizado em 2023.

Por outro lado, ao desconsiderar as vagas de escriturário, o setor bancário apresenta eliminação de 543 postos de trabalho no intervalo.

Motivações

Os números por tipo de movimentação revelam que, em janeiro e fevereiro deste ano, 57,8% dos 41.748 desligamentos ocorreram por demissão sem justa causa, 34,8% por pedido do trabalhador e 3,2% foram desligamentos por justa causa.

O salário mensal médio do bancário admitido (considerando tanto o setor privado quanto público) no primeiro bimestre de 2024 alcançou o valor de R$ 5.573,21, enquanto o do desligado foi de R$ 7.821,40.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o sistema bancário extrapola os limites com as demissões e deixa quem precisa ir presencialmente nas agências refém de um ambiente insalubre.

Isso prejudica tanto o cliente, que precisa aguardar por horas para ser atendido, quanto o bancário, que está sempre trabalhando sobrecarregado, além de ser uma forma de “economia” promovida pelos banqueiros. Exemplo disso é a diferença da média salarial dos admitidos e dos que foram desligados.

É dessa forma que os bancos estão atuando para continuar lucrando bilhões por ano. O Sindicato continuará lutando pelos empregos e direitos dos bancários!

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