Vigilantes da Caixa Econômica Federal de Bauru estão passando por uma situação de descaso e violação dos direitos trabalhistas: desde que uma nova empresa terceirizada de segurança assumiu a licitação e passou a prestar serviço para o banco, os trabalhadores estão sem horário de almoço.
Isso porque não há almocista, profissional responsável por cobrir o horário de refeição de outros funcionários. Sem a devida cobertura, vigilantes de todas as agências da CEF em Bauru são obrigados a permanecer em seus postos durante toda a jornada, sem pausa para o almoço.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é clara: todo trabalhador que cumpre jornada superior a seis horas tem direito a, no mínimo, uma hora para repouso ou alimentação. Já aqueles que cumprem jornada entre 4 e 6 horas diárias, têm direito a uma pausa de 15 minutos.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ao negar esse direito básico, a empresa terceirizada não apenas descumpre a legislação, como tira a dignidade dos funcionários, expondo eles à fome e exaustão. A conduta coloca em risco a saúde física e mental dos trabalhadores, que precisam se manter em alerta constante para garantir a segurança das agências.
A entidade já cobrou da CEF um posicionamento sobre a situação. O banco, como tomador de serviço, tem que fiscalizar e acompanhar o cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa terceirizada, garantindo que ela esteja em dia com seus pagamentos e com as leis.